quarta-feira, 15 de setembro de 2010

NOSSO PAPEL, COMO PAIS, NAS DECISÕES DOS NOSSOS FILHOS


Quando nossos filhos se encontram em situações complexas e são forçados a tomar decisões que os deixam angustiados, conflituosos e com sentimentos confusos, e essas decisões trazem conseqüências nas vidas deles e de outras pessoas, qual é o nosso papel?

Durante nossa jornada de vida com nossos filhos adultos, em muitas circunstâncias, eles nos procuram para nos comunicar ou informar algumas de suas decisões. Decisões, essas complexas, que mudarão para sempre suas vidas e de outros. Mesmo depois das muitas experiências que passamos, quando essas situações são colocadas diante de nós, pais, sentimos responsabilidade, mesmo que seja para somente ouvir.

Na verdade, acredito que eles nos procuram não somente para nos comunicar, mas para ouvir nossa opinião, nossa orientação e terem a certeza que, se algo não sair conforme planejado, eles terão nosso apoio e nossa ajuda. Às vezes, em algumas decisões, não temos o direito de intervir, mas somente ouvi-los e emitir algumas palavras. Mas, se algo “sair dos conformes”, ai sim deveremos estar presentes para apoiá-los e procurarmos, juntos, a forma mais adequada para minimizar os danos e conseqüências em suas vidas, para que o conflito seja breve e menos traumático. Principalmente quando envolve outras pessoas.

Nossos filhos mesmo depois de adultos, com as facilidades de sua geração, conhecimentos, rapidez nos aprendizados, espiritualidade elevada, força da juventude e capacidade de assumir risco, precisam do “porto seguro” – os pais. Assim como nós, em situações semelhantes, buscamos apoio em Deus, os filhos sempre buscam a aceitação, o apoio e o companheirismo dos pais em qualquer circunstância durante o percurso de sua vida. Sentem-se mais seguros, amparados, confiantes e fortes para tomar decisões importantes em suas vidas. Porque se sentem amados.

Não podemos, como pais, sentar no trono de julgador para criticá-los, julgá-los e compará-los com nossas decisões de vida, mesmo porque não somos conhecedores do seu interior, de suas fraquezas, de suas angustias, suas buscas e principalmente qual o melhor caminho para que possam cumprir sua missão espiritual. Acredito que devemos ficar sempre prontos para acompanhá-los quando formos procurados. Aí sim, com amor, confortá-los envolvendo-os com sabedoria e compaixão para que possam seguir em frente com mais determinação e sabedoria. Esse é o nosso papel.     

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