terça-feira, 30 de novembro de 2010

SOZINHO É MELHOR? MAS O CASAMENTO TEM SIGNIFICADO ESPIRITUAL.


"O amor é a lei de Deus. Vivemos para poder aprender a amar. Amamos para aprender a viver. Nenhuma outra lição é exigida do homem” 
 - Mikhail Naimy



Recebi por e-mail uma entrevista concedida à revista Veja pelo médico psiquiatra Flávio Gikovate, autor do livro Uma História de Amor... com Final Feliz, dentre outros, sobre sexualidade e matrimônio.  O titulo da entrevista é: Não precisa casar. Sozinho é melhor.

Achei interessante por que mesmo que eu tenha lido, acompanhado e presenciando muitas críticas sobre o casamento, de especialistas sobre o tema, de estudiosos do comportamento humano, de psicólogos, de pessoas casadas, descasadas e solteiras, ainda assim, percebo que a grande maioria deseja e sonha ter alguém para compartilhar a vida e/ou formar uma família.

Imagino que a posição do Dr. Flávio Gikovate em relação ao casamento esteja inserida somente no campo emocional e intelectual do ser humano. Vivemos num período da humanidade que os valores estão ancorados nas disputas profissionais, na posse material, no poder e no prestigio social. Em um ambiente “que vença o melhor”.

Porém, somos Seres Espirituais vivendo nossas experiências humanas em um mundo tridimensional. Um mundo ainda “primitivo”. Nossos conhecimentos, ainda, são limitados, devido a vários fatores que, por enquanto, não temos a compreensão nem a sabedoria para entender. 

Os estudos da física Quântica e de espiritualistas demonstram que ainda somos “primitivos”, em muitos aspectos, como por exemplo, em nossos relacionamentos pessoais, na comunicação, nas manifestações das emoções e sentimentos. Transmitimo-los de forma limitada e distorcida por meio de palavras, gestos e da fisionomia, enquanto outros, seres multidimensionais, o fazem por meio de ondas telepáticas e por energia positiva de forma “limpa”. E com fidelidade, honestidade, sem medos, nem críticas e sem interesse de ocultar por trás de palavras as verdadeiras intenções. 

É nesse cenário “limitado” que vivemos e convivemos os nossos relacionamentos com mundo, com as pessoas, com as coisas, com a natureza, e com Deus. Somos influenciados por sentimentos negativos - rejeição, medo, solidão e abandono - criados e impostos pelas famílias, pelas crenças, pela cultura de cada geração, pelas religiões, e assim somos guiados e orientados pelos interesses de terceiros. Esquecemos da nossa verdadeira natureza – Ser Espiritual.    

Mas, por outro lado, a Natureza, a Criação e a Vida sempre direcionam para Luz, para Perfeição, para Evolução. E nós seres humanos somos parte desse processo – somos criação do Divino. E dentro de cada um de nós existe, consciente ou inconscientemente, o desejo, e a necessidade de ir em direção a essa Luz, a essa Evolução. Fomos criados para seguir sempre em frente.

E uma das formas de fazermos parte desse processo e seguirmos em frente no caminho da evolução são os nossos diversos tipos de relacionamentos, cujo objetivo e propósito principal são aprender a manifestar os diferentes tipos de Amor. Até chegarmos a amar incondicionalmente todas as pessoas, coisas e seres, independente de qualquer relação parental ou de interesse conosco. 

Imagino que devido ao estágio atual e limitação de conhecimento que nos encontramos, a forma inicial mais adequada de relacionamento que Deus nos propõe é a relação parental, a família – pai, mãe e filhos. Neste ambiente somos provocados a aprender, a aceitar, a compreender, a se doar, a ter paciência, a receber e dar amor. Temos a oportunidade de sentir todas as emoções humanas, sejam elas positivas ou negativas. É um dos maiores aprendizados.

E num segundo estágio de relacionamento - o casamento – formação da nossa própria família. Onde passaremos a aplicar com as adaptações da nossa geração, novos paradigmas, novos conceitos religiosos, novas crenças, nossa “fé”, regras sociais e culturais.

Sempre buscando dar um passo a mais e melhor na evolução, seja emocional ou de conquista material, mas acredito que a busca maior, mesmo inconscientemente, é a conquista Espiritual. É aprender a lidar com essas energias.

O casamento, realmente, é um dos relacionamentos mais complexos da relação humana. Temos que conviver com pessoas sem nenhuma relação consangüínea, formadas em ambientes diferentes, formação cultural familiar diversa e por aí vai.  Dentro desse cenário pouco amistoso, por que então nos casamos? Imagino que buscamos vivenciar o mais importante na criação humana - uma dádiva de Deus – O Amor. Não o amor romântico, mas sim o Amor Divino – Eterno. 

É esse Amor que nos faz movimentar, nos faz caminhar, nos faz superar, nos faz enfrentar obstáculos pelo outro, nos faz superar nossos limites e nos impulsiona para a evolução.

Por esse Amor queremos compartilhar, nos comprometer, nos doar, demonstrar nossa dedicação ao nosso cônjuge e aos nossos descendentes – filhos e netos.  Para isso procuramos ser melhores, honestos conosco e com os outros, sermos fieis em nossas buscas. Procuramos conhecimento, sabedoria, e criar um ambiente em que todos possam se sentirem aceitos e amados.

Então, para mim, o casamento será sempre uma busca do ser humano, seja ele no formato que for. Pois cada época tem o seu formato adequado. É uma oportunidade excepcional de aprendizado espiritual. Com isso não quero afirmar que todos devem casar. Imagino que cada um de nós tem nossas missões definidas, planejadas e orientadas para nossos aprendizados conforme a necessidade, a capacidade e o nível de evolução.

Mas, nessa busca existe algo muito importante e essencial para a felicidade, harmonia e paz na alma e no coração de cada membro da família – o respeito à Individualidade – principalmente entre os cônjuges e se estende aos outros membros da família - aos filhos e eventualmente aos netos, se estes já estiverem presentes.

Existem pessoas que não tem a necessidade de passar pelo “curso” pelas “lições” e aprendizados desse tipo de relacionamento - casamento. Talvez estejam mais a frente que muitos de nós ou ainda não chegou o momento adequado. 

Posso afirmar que o propósito do casamento não é de forma alguma o sofrimento, as disputas, as batalhas entre cônjuges, as angústias, a solidão acompanhada. Acredito que seja uma das maneiras de nos aprimorar e manifestar o Amor. É uma “escola de ensino superior”. E quem não quer se diplomar em mais conhecimentos?  E ter uma visão maior sobre a vida, as pessoas, o mundo e se preparar para o próximo passo da vida – a Evolução Espiritual?

 Pode ser por isso, mesmo inconscientemente, a busca constante das pessoas que querem ter seus parceiros, companheiros e formar suas famílias. É um aprendizado grandioso. Mas cada um tem seu tempo para cada aprendizado. Sua busca e seu entendimento.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SOMOS LIVRES PARA SERMOS FELIZES NO CASAMENTO!

 Fiz recentemente uma viagem ao litoral do nordeste brasileiro, e estava numa daquelas tardes que ficamos observando como as pessoas se relacionam consigo mesmas, umas com as outras, com a natureza, com as coisas, e quais são as emoções que essas pessoas conseguem demonstrar, transmitir, ou imaginam que estão ocultando, maquiando e manipulando para si e para os outros esses sentimentos.

Nesse momento, se aproximou de mim um senhor de uns setenta e cinco anos de idade, de movimentos muito lentos, e começamos a conversar. Observei que tinha estudo, não era uma pessoa sem conhecimento.

Após os cumprimentos iniciais, a primeira frase que este senhor me falou foi: “Sinto uma solidão muito grande. Uma solidão profunda” e deu para ver em seu rosto o sentimento mais profundo de abandono. Indaguei sobre sua família – esposa e filhos. Ele me contou como era seu relacionamento com a esposa e filhos.

 Ela, a esposa, morava numa cidade do interior do estado e ele em um apartamento na capital, e passavam até seis meses sem se encontrarem. Na avaliação dele o máximo que conseguiam ficar juntos, sem que ela o humilhasse, o inferiorizasse, reclamasse e o desqualificasse, era uma hora. Então para ele era muito dolorido e às vezes depressivo ir encontrá-la.

E quanto aos filhos? Perguntei. Os filhos, no total de sete, passavam mais de ano sem procurá-los, tanto ele, pai, como a mãe. Algumas vezes os encontravam por acaso. Numa dessas ocasiões descobriu que tinha uma netinha com dois anos de idade.

Segundo ele, não culpava os filhos, nem a nora e nem o genro, e sim a vida que ele levou sem compartilhar com a família, e por desamor a esposa. Por outro lado, a esposa por ter uma personalidade arrogante, dura, dominadora e insensível tanto com a família como para as pessoas em geral.

 Os dois – esposo e esposa - vivem na completa solidão segunda a conclusão desse senhor. Ele demonstrou, ainda assim, um “orgulho” por não ter se divorciado/separado da esposa. Por que eram casados na igreja, eles não podiam se separar. Foi assim que o religioso da igreja deles os orientou. “Eles não podiam e nem queriam viver em pecado e nem serem castigados por Deus”.

Conversamos mais alguns assuntos e ele foi embora.  Fiquei pensando sobre esse senhor durante horas e ainda hoje penso. E me pergunto: quantos deste senhor e senhora existem pelo mundo?

Na minha avaliação acho uma maldade esse tipo de “orientação religiosa”, falta de Sabedoria e Amor. Esta família – pai, mãe e filhos - poderiam ter uma vida feliz. O pai e a mãe poderiam recomeçar suas vidas formando outra família.  Encontrarem outras pessoas e iniciarem uma vida harmoniosa, feliz, com respeito a si próprio e os outros. Esses filhos poderiam ter pai e mãe alegres, realizados, felizes, e visitá-los em seus lares, com sentimentos de amor e admiração pela coragem, dos pais, em reavaliar a vida e decidir pelo um caminho melhor, pelo amor, pela sabedoria e pela vida.   

Existem milhares ou mesmo milhões de casais, no mundo, que descobrem que a primeira decisão do casamento com aquela pessoa foi um engano ou era necessário aquele aprendizado, aos dois, até aquela etapa. E decidem romper os laços do matrimonio, mas não da amizade, do respeito a si e ao outro e preservando a vida dos filhos num ambiente de harmonia, paz, lealdade e honestidade consigo e com o outro. E saem do relacionamento mais sábios,  mais completos e prontos para um novo ciclo da vida.

Sem se importar com regras, dogmas, tradições culturais, “leis” criadas dentro de instituições, sejam elas religiosas, filosóficas ou institucionais.  Seguem somente a lei do Amor e do respeito em beneficio ao futuro dos membros da família, principalmente aos filhos e seus descendentes.

Analisando a vida dos membros dessa família - pai e mãe - na profunda solidão e abandono demonstram verdadeiros rivais, inimigos não declarados, com ressentimentos, magoas, e tristezas. Por outro lado os filhos sem a companhia e amizade do pai, sem o aconchego e dedicação da mãe, e os netos sem o carinho e o amor dos avôs.  Isso para mim é o pior dos pecados, o pior dos castigos.

Não acredito que Deus um ser Divino com os atributos da Sabedoria, Amor e da Vida exija tamanho sofrimento que possa marcar profundamente as almas e corações dos seus filhos. Só posso acreditar que isso seja invenção do homem, que através do medo, impõem aos seguidores religiosos regras, leis e dogmas, e assim controlar vida e alma dessas pessoas.   

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O PORQUÊ DE HOMENAGEAR OS NOSSOS PAIS


Uma assídua visitante do Blog, em seus comentários, demonstrou que os artigos sobre relacionamentos entre pais e filhos deixam leitores reflexivos e os faz viajar em si mesmos, tentando entender, aceitar e mudar qualquer mal que esse tipo de relacionamento no passado possa ter causado.

Com o propósito de contribuir com esses filhos que, de alguma forma, se identificaram com os conteúdos dos artigos e despertaram sentimentos de rejeição, mágoas, ressentimentos, abandono e desprezos pelos seus pais, quero mostrar-lhes que podemos adotar medidas e atitudes para que possamos entender e compreender os “porquês” do comportamento, da omissão, da rejeição, do afastamento, da ausência, da discriminação e da violência psicológica por parte dos pais.

A mente humana tem a tendência de registrar e relembrar com ênfase dos acontecimentos, de nossa vida, que mais nos marcam de forma negativa.  Deixando à margem do nosso subconsciente os momentos positivos, como o amor que recebemos, os elogios, os abraços, os carinhos, os olhares de ternuras, admiração e as palavras de incentivos que nossos pais, no percurso da vida, nos brindaram, mesmo que de forma discreta e as vezes quase imperceptível. Mas, acredito que esses sentimentos estavam ancorados em seus corações e suas almas.

Podemos questionar por que então, eles, nossos pais, não demonstraram de forma explícita, esses sentimentos positivos. Ao contrário, os sentimentos negativos foram expostos, alardeados aos quatro ventos, somados às vezes à raiva. E ainda aqueles sutilmente omitidos, mas nem por isso deixaram de marcar nossas almas, como por exemplo, a omissão, a ausência, a impaciência, a falta de companheirismos e falta de respeito.

Todos nós somos formados pelas experiências que vivenciamos no decorrer de nossas vidas, e são elas que nos impulsam e nos orientam para nossos comportamentos e reações emocionais no futuro como pessoas e adultos. E não foram diferentes para nossos pais.

Para entendê-los, nós filhos, devemos procurar e buscar a origem - o gênesis - de onde vem a causa de muitas atitudes ou falta delas.

Podemos tomar a iniciativa de procurá-los com objetivo de saber como foi a vida dos pais deles - nossos avôs -, quais as crenças da época, quais as imposições religiosas, a cultura, as limitações materiais, quais eram os medos da geração, quais eram as buscas e sonhos dos nossos avôs e quais os sentimentos, impressões e ensinamentos que foram passados para nossos pais. Quais foram as marcas positivas e negativas que ficaram registradas em suas almas que influenciam suas vidas até os dias de hoje.

E ainda a existência, até os dias atuais, para alguns pais, da limitação de exercer a paternidade em sua plenitude, imposta pela cultura ou pela própria mãe, que impossibilitou a presença e participação na vida dos filhos. 

Com essas informações podemos nos colocar no lugar de nossos genitores, podemos avaliar seus sentimentos, suas angustias, seus medos, inseguranças, incertezas e muitas vezes, a solidão que sentiram numa época de muitas limitações culturais, intelectuais, materiais e emocionais, quando demonstrar os sentimentos de afeição, ternura e amor, era tido com fraqueza. Para que se demonstrassem fortes, não ensinaram demonstrar suas emoções.

Descobriremos que esses sentimentos, nossos pais trouxeram registrados e marcados em suas mentes e almas. Ainda, assim, acredito que muitos deles tentaram ser melhores, por amor aos seus filhos. Apenas não conseguiram. 

E esse formato foi transportado para a próxima geração, talvez um pouco mais elaborado. Mas, ainda insuficiente para trazer felicidade a todos.  

Questione: Como eles poderiam nos dar algo que não lhes foram dado?

Agora, nós filhos atuais, podemos recomeçar reconhecendo o direito dos nossos pais as suas limitações, seus medos, inseguranças, “ignorância” e a partir de agora aceita-los com seus erros e falhas do passado.

Podemos homenageá-los, compreendendo-os e aceitando-os como vencedores. Mesmo os filhos daqueles pais que já se encontram falecidos.  E ainda, nós, dessa geração, dando passos à frente procurando aprender com as histórias e as experiências dos nossos antepassados, melhorando como pessoa e alma, para que nossos descendentes tenham um caminho melhor. Não culpando ninguém seguiremos em frente sem culpados.  

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PAIS E FILHOS. PODEMOS SEMPRE RECOMEÇAR

Os assuntos dos artigos anteriores - relacionamentos de pais e filhos - o objetivo principal era abrir discussões sobre uma maternidade e paternidade atenta aos sentimentos, buscas, emoções, respeito à individualidade e sonhos dos filhos. No entanto, na minha percepção, pelos comentários ou pela falta deles, acho que trouxe sentimentos de culpas, fracassos e arrependimentos, para alguns pais. Posso afirmar que o objetivo dos artigos não buscava despertar esses sentimentos negativos.

Diante da circunstância quero expor, para discussões, como nós pais podemos lidar com nossas eventuais falhas, erros e omissões nos relacionamentos com nossos filhos.

A vida é feita de relacionamentos. Temos relações com tudo o que nos cerca. E esses relacionamentos são grandemente influenciados pelos relacionamentos que tivemos quando criança, com nossos pais e os adultos que nos cercavam.  Reagimos da mesma forma que reagiam conosco em termos positivos e negativos.

Não que nossos pais e os adultos que nos cercavam são culpados por isso. Eles agiam e se comportavam da forma que aprenderam nas suas vidas dos seus professores – os pais e da vida - e avaliavam como certos. Na verdade todos nós somos vítimas de vítimas. Eles, de forma alguma, poderiam nos ensinar algo que não sabiam.

Mas, também não podemos estagnar nossa vida no passado justificando ou culpando nossos pais. Mesmo por que acredito que eles fizeram o que sabiam e podiam, de acordo as circunstâncias e suas limitações da época. Acredito que se pudessem fariam de forma diferente para alcançar resultados melhores. 

Nós, pais atuais, se erramos ou ainda não tínhamos despertado para os novos conceitos e a nova realidade, devido ao que aprendemos no passado com nossos pais, ainda há tempo para que possamos conquistar, acolher, abraçar, aconchegar, ser companheiro e amigo dos nossos filhos.

Podemos iniciar contando nossa historia, como foi a vida dos nossos avôs, nossos pais e a nossa. As buscas, as limitações, a cultura da época, a forma de educar a família, as limitações dos recursos materiais, a exigência da religião, as crenças, os costumes e etc. Fatores que influenciaram a formação do caráter e que terminaram por limitar as demonstrações de emoções, a sermos mais livres, mais exigentes com a gente e com eles.

 Acredito que nossos filhos nos compreenderão e entenderão o porquê de muitas de nossas atitudes, comportamentos, omissões, medos, inseguranças e falta às vezes de demonstrar compreensão, tolerância,   carinho, amor, e outras emoções em relação a eles, à família e à vida. 

Acredito que assim podemos nos aproximar com mais honestidade e lealdade dos nossos filhos. Eles saberão que “o problema” não é a existência deles, que não é porque não os amamos. É por que temos um histórico, que vem dos nossos antepassados, e que cada geração está procurando aprimorar.  Sentirão que também fazem parte desse processo que se iniciou há muitas gerações passadas. 

Acho que se sentirão mais envolvidos, comprometidos, e buscarão compartilhar e colaborar conosco, avaliando que esse aprendizado será importante para ambos, pois definirá a vida dos seus descendentes. Assim, juntos, pais e filhos, trilharão um caminho de comprometimento, amizade, entendimento, respeito, admiração, amor e ternura. Cada qual no seu papel.

O resultado, acredito, será mães e pais mais aliviados, mais livres, alegres, e se realizando com a sua missão. E por outro lado filhos companheiros, responsáveis, comprometidos com a família, seguros e solidários com seus pais e as demais pessoas.

Não existindo culpas, não existirão culpados. E seremos todos livres.    

RELIGIÃO X RELIGIOSIDADE


Religião - Esse tema talvez seja o mais controverso de toda historia da humanidade. Acompanhando a historia vemos que desde os primórdios da criação da religião encontramos algum tipo de violência contra o ser humano por professar ou não alguma religião.

Não que o objetivo da criação da religião seja a discriminação. Mas essa atitude e sentimento de alguns seguidores religiosos termina gerando algum tipo de segregação, promovendo a violência, desarmonia e perseguição aos que professam  uma fé diferente da sua.

Acredito que o objetivo primordial da religião é que seja utilizada como instrumento dos homens para conhecer, entender e utilizar as leis mentais, espirituais, universais e da natureza humana. E que os grandes líderes religiosos em várias partes do mundo, em épocas diferentes e de acordo com a cultura, costumes, capacidade de entendimento e espiritualidade de seu povo, passaram os ensinamentos do Amor, da compaixão, do perdão, da doação e de que a Vida de Deus está dentro de cada um de nós. E assim termos condições de manifestar o Amor Divino em nossa vida cotidiana, com sabedoria e amor, tendo como base a liberdade, de acordo com nossa consciência e livre-arbítrio.  

   Estamos vivendo no século XXI e ainda hoje presenciamos pregações religiosas disseminando “MEDO” em seus seguidores. Deixando-os reféns daquela instituição religiosa. Esses seguidores ficam aprisionados mentalmente, emocionalmente e, sobretudo espiritualmente. Deixam de seguir seus corações, sua intuição e de buscar conhecimentos e sabedoria em outras fontes, e assim aprender, comparar e também perceber as mudanças – a evolução espiritual - que ocorrem constantemente nas pessoas, na natureza e no universo. Muitos desses seguidores ficam “cegos” e alienados. Isso, na minha visão, é uma fé primitiva. Estas só aceitam e vêem algo que está próximo de seus olhos embaçados pelo “Medo” de serem rejeitados, criticados e “perseguidos” por algo que lhe disseram que só esse ensinamento é correto e fora disso estão no caminho do mal e serão condenados para a eternidade. Assim deixam de lado a própria espiritualidade.  Esse é um método utilizado desde a idade média por algumas religiões e ainda persiste nos dias atuais.

 

Nesse contexto, muitos vão levando a vida. Mas, existem conseqüências. Não vivemos sós. Vivemos cercados de pessoas de todas as personalidades, costumes, crenças, culturas, espiritualidades, raças e credos. Nesse ambiente, encontramos nossos familiares, parentes, filhos, irmãos, tios, pais, amigos e etc. São pessoas que amamos, admiramos e contribuíram de alguma forma para que nossa vida fosse melhor. Algumas delas são pessoas que doaram parte de suas vidas para nos amparar nos momentos mais adversos de nossas vidas, são pessoas extraordinárias, que nos amam. Pessoas dedicadas, leais, amorosas, espiritualizadas, bondosas, que não encontraram obstáculos para nos atender quando as chamamos. Mas não comungam a mesma religião, crença ou credo que nós.  

 

Mesmo neste contexto percebemos a “sutil” discriminação religiosa de grande parte de seguidores religiosos, por acharem que estão no “único caminho certo” para a “salvação espiritual”. Sendo que, para mim, existem vários, que se direcionam para um único ponto - Deus Criador de todo o Universo.

 

 E nesse ambiente vão perdendo companhias maravilhosas, abraços aconchegantes, trocas de opiniões enriquecedoras, palavras encorajadoras, confiança, admiração. E o amor vai sendo substituído por desconfiança e rejeição. Vão perdendo aos poucos “uma parte divina” de seus parentes, amigos, conhecidos, vizinhos, de pessoas que poderiam enriquecer ainda mais suas vidas e alma de muitas formas. Mas, simplesmente por seguir outra crença ou mesmo buscar, trilhar e pesquisar outras fontes de conhecimento que os levem à busca da espiritualidade de forma diversa, muito seguidores religiosos, ainda assim, com sua “fé primitiva” termina por trilhar o caminho de rejeição e discriminação de pessoas que fizeram ou ainda fazem parte de sua historia. Não é esse o ensinamento de nenhuma religião. 

 

Dizem os espiritualistas que os criadores das Grandes Religiões do Mundo vivem no Mundo Espiritual Elevado – no Céu – de mãos dadas orando para que seus seguidores se harmonizem uns com os outros. Essa afirmação nos mostra o amor e a dedicação, e  que esses espíritos elevados nos ensinam até hoje sobre o Amor.         


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

COMO É ESSENCIAL ÊNFASE NA FUNÇÃO PATERNA

Imagine como nós, pais, somos responsáveis pelos destinos da vida dos nossos filhos. Por meio de nossas atitudes, exigências, omissões e escolhas que fazemos em seus nomes, terminamos às vezes por formar pessoas carentes, inseguras, medrosas, irresponsáveis e principalmente, aquelas que se sentem incapazes de enfrentar as lições que são apresentadas pela vida.

Como fazemos isso? Acredito que duas das causas principais são a omissão e a falta do comprometimento na vida deles. Em não estarmos atentos e de não participarmos de suas buscas, seus sonhos, suas conquistas e, sobretudo, de não caminhar ao lado no decorrer da vida deles. Na maioria das vezes elegemos nossas prioridades pessoais em nome da felicidade dos filhos, como por exemplo, conquistar uma promoção no emprego, adquirir mais um bem, conquistar mais um titulo e etc. Não que devemos deixar de buscar nossas conquistas pessoais - até por que elas nos engrandecem e nos fazem melhores. O que quero alertar é que essas conquistas não se apresentem como foco principal e prioritário nas vidas dos pais em detrimento a da família e dos filhos.

Vemos vários exemplos de filhos ressentidos e magoados com seus pais, por não terem ido assistir sua apresentação na escola, por não terem tido tempo de se ausentar do trabalho para ir a sua formatura do jardim, ensino fundamental e ensino médio, a apresentação de dança, apresentação de algum esporte, a peça teatral ensaiada por meses, a formatura da faculdade e assim vai.

Às vezes preferimos a nossa atividade laboral, a companhia de colegas do trabalho, do nosso ciclo social ou da faculdade a participar da vida dos filhos. Inferimos que ao dizer “não” a essas pessoas teremos prejuízos de prestígios, de oportunidades e de aceitação.  Na maioria das vezes esse tipo de comportamento é atribuído mais a figura paterna. 

 No livro “A Cabana“ do autor William P Young (Ed. Sextante) consta a seguinte afirmação: “... que a verdadeira paternidade faz muito mais falta do que a maternidade. Não me entenda mal, as duas coisas são necessárias, mas é essencial uma ênfase na paternidade por causa da enormidade das conseqüências da ausência da função paterna”.  

Existem diversos filmes que contém cenas de filhos (as) de todas as idades em algum tipo de celebração, apresentação e comemoração, tristes, angustiados, ansiosos e desapontados pela ausência do pai – o que nos comove. Mas, geralmente, nos instantes finais o pai aparece. Aquele filho ou filha toma ânimo e se enche de alegria, segurança, confiança e se mostra outra pessoa. Mais completa.     

Tenho em minhas lembranças cenas maravilhosas que refletem essa situação. Por exemplo: Na formatura da minha filha Patrícia. Depois de todas aquelas homenagens, chegou a hora dos parentes, familiares e amigos darem os cumprimentos. Eu fiquei na fila esperando minha vez. Mas os olhos dela eram em busca de nos localizar. Quando me aproximei para dar-lhe o abraço, sentir uma luz divina nos seus olhos e uma energia de alegria e felicidade confirmando que naquele momento ela estava agradecendo toda a energia, doação, compartilhamento, participação e a validação dos pais, naquela conquista. Acredito que naquele momento ela se sentiu completa.  E, tantas outras lembranças com nosso filho Christiano e ainda com nossa sobrinha Aline. Todos eles, em algum momento, procuraram essa nossa atitude.

Pela alegria e a felicidade da conquista de cada circunstância, e também por prepará-los com atributos para que tenham um futuro e destino brilhante em suas vidas, eles demonstram que vale a pena nos dedicarmos, doarmos, compartilharmos, nos comprometer. E principalmente validarmos suas ações, conquistas, buscas, e acompanhá-los nos momentos que tiverem os obstáculos que a vida eventualmente possa apresentar.

 Assim podemos evitar que nossos filhos sejam pessoas que nos ambientes sociais e profissionais mendigam atenção, se sujeitam aos caprichos dos outros, sejam manipulados facilmente, sejam carentes emocionalmente, sejam pessoas inseguras para dizer um “não”, e exploradas de várias formas.  Mas, que sejam pessoas completas e livres, que sabem o que querem e porque querem.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

OS DESEJOS DOS PAIS SÃO OS MESMOS DOS FILHOS!

Muitas vezes vi e ouvi alguns pais e mães dizendo que queriam que seus filhos tivessem tais e tais comportamentos em relação a eles. Queriam que seus filhos fossem mais carinhosos, atenciosos, que demonstrassem mais compreensão, que gostassem de suas companhias, que compartilhassem mais as suas vidas, que confidenciassem seus “segredos”.

Do outro lado - dos filhos - ouvi e observei as “lamentações” em relação ao comportamento dos seus pais. Os filhos também querem que seus pais tenham outros comportamentos em relação a eles.

 Na verdade acredito que ambos querem a mesma coisa: que sejam amigos e companheiros. Então por que isso não acontece, se as partes querem a mesma coisa?

Quando nossos filhos são crianças, nós estamos sempre em contato, acalentando-os, afagando-os, abraçando-os, beijando-os, dando banhos, dando comida na boca, trocando roupas. Estamos sempre os tocando.  

O toque é fundamental para a vida. Toque envolve contato. É uma experiência unificadora. É a maneira de sabermos que não estamos sós.

Veja o que dizem Myla e Jon Kabat, autores do Livro: Nossos filhos, Nossos mestres (Ed. Objetiva) sobre o toque:

“Ser abraçado com sensibilidade nos embasa em nossos corpos e desperta um sentimento de ligação. Desperta-nos para nós mesmos e para o outro. A totalidade do ser de uma criança é honrada quando ela é tocada com consciência, sensibilidade e respeito.”  

No entanto, à medida que nossos filhos vão crescendo, tomando forma de adulto e manifestando sua individualidade, nós, pais, vamos perdendo o contado físico, nos afastando fisicamente. E as conseqüências dessa perda é o afastamento emocional, a perda da intimidade, da liberdade de nos dirigir a eles de forma natural.      

Vamos nos distanciando emocionalmente um dos outros. Os pais sentem os filhos distantes de suas vidas, por outro lado os filhos também se sentem abandonados e preteridos as prioridades de seus pais. 

Vamos deixando de nos tocar, de ter o contato físico, e ficamos distantes uns dos outros.

Acredito que os filhos são movidos, alimentados, energizados e formados pela energia que seus pais os envolvem, enviam e manifestam a eles por meio de comportamentos, conduta e ação. 

Os filhos necessitam de ser aceitos pelos seus pais, de sentirem que são prioridade na vida dos pais, precisam que sua vida seja validada pelos pais, precisam se sentir compreendidos. Mas, ao mesmo tempo, precisam que os pais os vejam como adultos, capazes, responsáveis e que possam tomar suas próprias decisões.  

Na prática, acredito que devemos ter uma maternidade/paternidade atenta. Atenta aos sentimentos, emoções, preocupações, angustias, ansiedade e as demais manifestações de comportamentos e de busca dos filhos, sejam elas de cunho positivo ou negativo.

De forma que eles se sintam amparados pela confiança e admiração dos pais. Que percebam, também, que tem liberdade e confiança de se dirigirem aos pais para ouvir nossas opiniões. Sem críticas, julgamentos, reclamações e lamentações. Acho que assim eles se sentirão seguros, fortes, confiantes, decididos e honrados. Somos os seus Guardiões.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

NOSSOS FILHOS SÃO “PETER PAN'S”? ( O Menino que não queria crescer)

Passei vários meses utilizando, para estudo, a biblioteca da Universidade de Brasília. Naquela época, tive a oportunidade de presenciar as conversas dos jovens alunos nos momentos dos intervalos. Chamava-me a atenção que grande parte dos comentários entre eles, eram sobre os pais.  As meninas faziam críticas calorosas as suas mães, por outro lado, os meninos aos seus pais.  Passei a questionar o porquê de eles passarem grande parte de seu tempo falando e/ou criticando os pais.

Esse comportamento deve ter suas causas lá na infância, ainda nos primeiros passos do relacionamento. Quando chega o bebê em nossa casa, criamos várias expectativas e sonhos. Juramos ter tal comportamento e relacionamento no percurso da vida com os filhos. Só que não lembramos ou não aceitamos que eles têm personalidade e natureza individualizada.

Vamos nos relacionando impondo a eles nossos gostos, nossos sonhos, nossas preferências, planejamos a vida deles quando ainda são crianças. Até a fase juvenil eles vão aceitando porque ainda acreditam que somos seus “heróis”. Mas como todos têm sua personalidade e natureza própria, vão a cada dia manifestando sua individualidade.

A percepção dos acontecimentos ao redor vai ficando mais clara. Começam a perceber que os pais também erram, têm suas fraquezas, seus medos, suas inseguranças e suas carências e, talvez, essas descobertas tragam algum tipo de decepção e revolta.

Os pais que até então controlavam, determinavam, mandavam sem se preocupar com os sentimentos ou as emoções internas dos filhos, começam achar que os filhos estão ficando rebeldes, desobedientes, desrespeitosos e às vezes sem controle.  

Essa fase deveria servir para os pais como a primeira para auto-avaliação sobre a sua condução, sua responsabilidade e sobre o resultado na formação do seu (a) filho (a) para a fase adulta.

Acredito que cada um dos pais tem um papel na formação dos filhos. Os pais têm papéis importantíssimos, que é de delinear, definir, ditar, mostrar e esboçar os princípios, tais como honestidade, responsabilidade, honradez, integridade, humildade e determinação. Por sua vez, as mães têm o papel, não menos importante, de interiorizar esses princípios na alma, no coração e na mente, para que façam parte do caráter dos seus pupilos. 

Mas, e quando isso não acontece? Quando os papéis são negligenciados por ambos ou por um dos pais? E quando um dos pais assume os dois papéis? Como serão os filhos adultos?

Segundo Dan Kiley, autor do Livro “Síndrome de Peter Pan”, os filhos educados, orientados e conduzidos com as deficiências nos papéis dos pais, principalmente os meninos, tendem a se refugiar na imaturidade. Nunca querem crescer. 

A exemplo de “Peter Pan” – o menino que não queria crescer.

São homens que agem como adolescentes, mesmo acima de 30 anos de idade. Tem comportamentos que dependem da aprovação dos amigos para tudo, adoram se gabar de suas aventuras amorosas, são irresponsáveis tanto em casa quanto na escola, vivem trocando de faculdade sem concluir nenhuma e continuam a viver financeiramente à custa dos pais.

Esse tipo de jovem não tem flexibilidade para experimentar vários papéis. Acaba se fixando num só, que freqüentemente resvala para o de “machão” estereotipado. 

Como não teve orientação correta do pai em relação ao que é ser um homem, não tem respostas às perguntas: O que é ser homem afinal? É permitido ou não mostrar sensibilidade? Os homens heterossexuais podem mostrar carinho, ternura e preocupação em compartilhar a vida com sua mulher e filhos?

Terminam carregando esse comportamento para o relacionamento conjugal, desorientando a companheira, cercando-a de tensões. Em alguns momentos chegam a declarar aos quatro cantos que “sabe muito bem colocá-la no seu lugar”.

São tipos de “homens” que menosprezam as emoções da companheira e/ou de outras mulheres classificando-as como sentimentos baratos.

O machismo proporciona a eles uma mascará de adulto, e permite que coloquem a culpa dos seus problemas em outras pessoas – as mulheres. Suas companheiras terminam por ter vidas infelizes.

Mas, segundo Dan Kiley, tem solução para os “Peter Pan's”. Quando eles entram em crise, insatisfeitos com a vida que tem, freqüentemente, suas companheiras também começam a reclamar e ameaçam deixá-los. Por amor a elas esses “homens” começam a questionar o seu comportamento. Somente então eles procuram sair da “Terra do Nunca”.

sábado, 9 de outubro de 2010

O QUE TEMOS ou O QUE SOMOS?

Os estudiosos do comportamento humano acreditavam que com a conquista do homem em descobrir formas mais avançadas de fabricação, construção e uso da tecnologia de “ponta” para a criação e produção de bens de consumo, levaria à humanidade a plena felicidade. 

Atualmente, muitos de nós vivemos bem melhores que muitos Reis, Rainhas e a nobreza da idade média.  As condições materiais como transportes, eletrodomésticos, comunicações, informações, moradia, higiene, saúde e todos os recursos existentes na atualidade, comparados com aqueles da idade média, nos dão condições de vida bem melhores. 

Podemos morar com conforto, ir aos shoppings, aos supermercados 24 horas, adquirir vários produtos via internet, ir aos restaurantes saborear diversos tipos de pratos e bebidas. Podemos vestir as mais diversas marcas e tipos de roupas. Podemos viajar pelo mundo por meio de variados tipos de transportes como aviões, navios moderníssimos, ônibus e automóveis confortáveis e rápidos.  

Contudo, mesmo com as conquistas materiais, ainda assim, muitos se sentem infelizes.  Apesar de sua contabilidade ter um ativo considerável, suas almas estão vazias.

Para preencher o vazio de nossas almas, para nos sentirmos seguros, aceitos, importantes, respeitados e admirados no meio que vivemos, usamos nossos títulos, diplomas, escolaridade, cargos, nomes de empresas ou órgãos públicos em que trabalhamos e nomes do negócio que administramos, para nos apresentar e dizer “quem somos” e não o que fazemos. Damos mais importância ao que temos e ao que fazemos do que  realmente Somos. Se perguntarem para um nós quem somos, talvez leve alguns minutos para pensar o que realmente Somos e, no final, NÃO daremos a resposta correta, diremos com orgulho: “sou advogado, sou procurador, sou carpinteiro, sou aposentado da Câmara... etc.” 

Estamos saindo do Milênio da Materialidade. Terminamos por concluir que essas conquistas, por si só, não trouxeram a felicidade esperada, tão pouco a paz entre as pessoas. Não que essas conquistas tenham sido maléficas à humanidade. Claro, trouxe muito de positivo em vários aspectos. A discussão é que ela, por si só, não nos deixou mais completos. Falta algo.

Neste início do século estamos entrando no Milênio da Espiritualidade.  Apesar das controvérsias, discussões calorosas e implantação do medo por alguns seguimentos religiosos, principalmente do ocidente, acredito que as mudanças serão para melhor. Pois as transformações da natureza e da vida sempre vão em direção à LUZ.

Neste novo Milênio a busca será a Espiritualidade. Não essa imposta através dos tempos, mas uma nova Espiritualidade que vem de dentro de cada um nós. Vamos encontrar o “Divino” dentro de nós mesmos. Teremos a consciência da presença do nosso Anjo-da-Guarda (seres divinos celestiais), nos orientando em direção ao Criador.  Não serão necessários gurus, mestres, sacerdotes e pastores inflamados de ego, preconceituosos, discriminatórios e com mentes cheias de sectarismo. 

Prova disto são as chegadas das crianças índigos. Estudos e pesquisas mostram que estão nascendo crianças índigos – aura de cor azul. Essas crianças têm espiritualidade aguçada, são inteligentes, têm raciocínio rápido e tendência a não aceitar manipulação, mentiras e simulação dos pais, professores e demais superiores. Não admitem as fraquezas dos adultos. Colocam-se no mesmo nível da hierarquia. Sabem que são emocionalmente e psicologicamente mais resolvidas que seus pais, são mais espiritualizadas, buscam conhecimentos, buscam experiências pelas emoções. Estão ligadas ao “Divino”, não aceitam submeterem-se aos caprichos, egos, medos, inseguranças, carências efetivas e manipulações dos seus genitores e superiores (*).  

Segundo as mesmas pesquisas, essas crianças - que começaram a nascer na década de 80 - pensam de forma diferente em relação à política, economia, família e religião. Dizem que, quando muitas delas já tiverem nascido, o mundo terá outro formado em todas essas áreas.  Uma das características mais marcantes é que essas crianças não são propensas ao consumo. Para elas tanto faz ter algo que custe cem mil reais como ter algo que custe mil reais. Não se importam com o que pensam delas, são livres. O importante para elas são os sentimentos, as emoções e principalmente a espiritualidade. Na verdade, elas buscam SER. Têm consciência que São seres espirituais (*).

Quando grande parte da população for formada por “pessoas índigos” descobriremos como fomos ingênuos, manipulados, enganados, ignorantes e arrogantes. Todas essas mudanças fazem parte da evolução. Para chegarmos a essa conclusão vejamos a história da humanidade, nas áreas científica, política, principalmente religiosa, o que era no passado mentira, o impossível, pecado, coisas do demônio e heresia, hoje são situações normais e benéficas a todos. Isso porque o ser humano expandiu a consciência e a inteligência, e evoluiu. Hoje vemos por outro prisma, e assim será o próximo ciclo da humanidade. Buscaremos manifestar mais nosso SER Espiritual do que TER bens materiais. É A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL.   
E você? É quem... ?


(*) Além das crianças índigo, 2008.    p.m.h  atwater  a consciência da nova geração,   Editora: Pro libera 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PESSOAS QUE CHEGARAM EM NOSSAS VIDAS, E DEPOIS TIVERAM QUE IR...

iNo decorrer de nossas vidas encontramos muitas pessoas das mais variadas naturezas e personalidades.

Pessoas que convivemos na vizinhança, na escola, na faculdade, no ambiente de trabalho e aquelas que entram para fazer parte de nossa família. Muitas delas marcam para sempre nossa alma.
 
Em particular, tive a benção de fazer parte da minha vida pessoas maravilhosas em muitas dessas áreas. Lembro-me de pessoas da minha vizinhança, pessoas da faculdade e muitas, em especial no ambiente do meu trabalho, que deixaram suas marcas de forma positiva.

Tive aprendizados grandiosos, me deram oportunidades de expressar os sentimentos mais nobres. Mas, e aquelas que chegam para fazer parte de nossa família? São pessoas que não tem laços sanguíneos conosco. No entanto, trazem consigo uma energia de Amor que nos envolve com tanta grandeza e passam a fazer parte do nosso círculo de energia familiar.  A convivência com essas pessoas nos engrandece, nos dá alegria, nos faz perceber abençoados, enaltecidos e nos sentimos até em segurança.

Como nossas vidas são marcadas por ciclos, vivemos em etapas de aprendizados em todas as áreas - existe um tempo necessário para o aprendizado em determinado lugar e com determinadas pessoas - vencido esse prazo temos que ir para o próximo ciclo, em outros lugares e com outras personagens, ou nos dedicar de forma mais intensa com aqueles que viverão um longo período conosco para nos ensinar e aprender. Então, pessoas que nos abençoaram com sua chegada e convivência, muitas delas, tem que ir.  

E agora? Sentimos que recebemos um presente e depois nos foi retirado. Nosso coração e nossa alma sentem uma lacuna. Sentimos angustiados, tristes, passamos por momentos de introspecção, analisando se contribuímos de forma positiva à vida delas e quais os ensinamentos que ela nos proporcionou durante a jornada juntos. Queremos saber por que não é mais permitido que aquela pessoa faça parte da nossa jornada, se estava nos fazendo tão bem? Mas, no nosso íntimo temos a resposta.

Todos nós trazemos na alma missões e responsabilidades que temos que iniciar e concluir. Temos que buscar novos aprendizados em outras circunstâncias e com pessoas diferentes. De forma que possamos amadurecer nosso espírito, nos tornar mais fortes e seguir adiante com coragem e determinação. Cada escola que passamos é mais uma oportunidade para  aprendizagem.

E essas pessoas que tem que partir, devemos deixá-las ir com sentimento de gratidão e benção. Assim seguirão em frente, firmes, seguras e sentindo que foram amadas e aceitas por onde passaram. Fortalecidas para o novo ciclo de aprendizado.

NOSSO PAPEL, COMO PAIS, NAS DECISÕES DOS NOSSOS FILHOS


Quando nossos filhos se encontram em situações complexas e são forçados a tomar decisões que os deixam angustiados, conflituosos e com sentimentos confusos, e essas decisões trazem conseqüências nas vidas deles e de outras pessoas, qual é o nosso papel?

Durante nossa jornada de vida com nossos filhos adultos, em muitas circunstâncias, eles nos procuram para nos comunicar ou informar algumas de suas decisões. Decisões, essas complexas, que mudarão para sempre suas vidas e de outros. Mesmo depois das muitas experiências que passamos, quando essas situações são colocadas diante de nós, pais, sentimos responsabilidade, mesmo que seja para somente ouvir.

Na verdade, acredito que eles nos procuram não somente para nos comunicar, mas para ouvir nossa opinião, nossa orientação e terem a certeza que, se algo não sair conforme planejado, eles terão nosso apoio e nossa ajuda. Às vezes, em algumas decisões, não temos o direito de intervir, mas somente ouvi-los e emitir algumas palavras. Mas, se algo “sair dos conformes”, ai sim deveremos estar presentes para apoiá-los e procurarmos, juntos, a forma mais adequada para minimizar os danos e conseqüências em suas vidas, para que o conflito seja breve e menos traumático. Principalmente quando envolve outras pessoas.

Nossos filhos mesmo depois de adultos, com as facilidades de sua geração, conhecimentos, rapidez nos aprendizados, espiritualidade elevada, força da juventude e capacidade de assumir risco, precisam do “porto seguro” – os pais. Assim como nós, em situações semelhantes, buscamos apoio em Deus, os filhos sempre buscam a aceitação, o apoio e o companheirismo dos pais em qualquer circunstância durante o percurso de sua vida. Sentem-se mais seguros, amparados, confiantes e fortes para tomar decisões importantes em suas vidas. Porque se sentem amados.

Não podemos, como pais, sentar no trono de julgador para criticá-los, julgá-los e compará-los com nossas decisões de vida, mesmo porque não somos conhecedores do seu interior, de suas fraquezas, de suas angustias, suas buscas e principalmente qual o melhor caminho para que possam cumprir sua missão espiritual. Acredito que devemos ficar sempre prontos para acompanhá-los quando formos procurados. Aí sim, com amor, confortá-los envolvendo-os com sabedoria e compaixão para que possam seguir em frente com mais determinação e sabedoria. Esse é o nosso papel.     

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

QUANDO NOS DEPARARMOS COM UM PROBLEMA, COMO NOS COMPORTAR?

Existem problemas de várias naturezas e tipos: os que envolvem familiares, parentes, amigos, conhecidos, vizinhos e a nós próprios. Têm os do dia-a-dia, esses são os mais simples, e existem aqueles que surgem de repente, se mostram como tragédias que nunca imaginamos que poderiam acontecer conosco, apesar de já ter visto com outros. Sentimos que todas as nossas crenças, base que solidificava a estrutura da nossa fé, rui, nem que por alguns momentos. E aí como vamos reagir e agir sem a crença e a fé?

Acredito que nesses momentos, como um pai ou uma mãe que vê um (a) filho (a) em apuros, Deus envia seus Anjos – nossos anjos-da-guarda – para nos amparar, dar-nos força e entendimento para superar aquela fase de sofrimento. Esses Anjos sabem que algumas vezes precisamos passar por algumas situações para que possamos aprender.

Não que Deus e seus Anjos criam tais problemas para nós sofrermos. Na verdade nós mesmos criamos em nossas mentes, por não ter conhecimento sobre as leis da Mente e do Espírito. São leis que regem nossa Vida e o Universo. Tais como:

a) Dá e receberá (colhe aquilo que se planta) – nós recebemos o que damos ao próximo. Se dermos Amor receberemos Amor;
b) Os semelhantes se atraem - se tivermos pensamentos sombrios, tristeza, raiva, reclamações e críticas aos próximos, atraímos pessoas com os mesmos pensamentos com relação a nós;
c) Lei da ação e reação - Se roubarmos do outro amor, atenção, respeito, tempo, paciência e etc., sem retribuir, seremos roubados de alguma forma. 

Existem outras tantas.  Se quisermos ter uma vida harmoniosa, de alegria, prosperidade e felicidade devemos procurar estudar essas leis Mentais e Espirituais e aplicar no nosso dia-a-dia. São para ser aplicadas em todas as áreas: conjugal, relacionamentos pessoais, profissionais, com as coisas e com mundo e, principalmente, conosco.

Ao nos depararmos com problema no dia-a-dia e com essas “tragédias” em nossas vidas, é recomendável nos lembrar dessas leis. Depois não culpar ninguém, não se preocupar com as críticas e comentários alheios, ter humildade, serenar a mente, procurar a orientação de Deus de como agir, e confiar que não estamos sós e que tudo vai passar. Posso dar relatos que já aconteceu comigo várias vezes, de receber a orientação de Deus nos momentos de oração em meio a alguns problemas. Segui essa orientação e tudo se resolveu da forma mais benéfica a todas as pessoas envolvidas.

Mas, quando presenciamos outras pessoas passarem por essas situações trágicas – como vemos todos os dias pela mídia - como devemos nos comportar? Aplicar a lei do Amor, devemos ter compaixão e mentalizar que Deus, por meio do Seus Anjos, amparará e orientará aquele (a)  filho (a) e quando tudo passar ele (a) terá aprendido ainda mais sobre essas leis e sua fé terá se fortalecido. Naquele momento muitos Anjos de Deus estão trabalhando intensamente para ampará-la, confortá-la e principalmente orientando-a para o aprendizado de que todos nós somos envolvidos pelo Amor de Deus. Todos sem exceção. Mesmo aqueles que ainda não tem essa consciência. 

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

OS FILHOS SENTEM O MESMO AMOR E ADMIRAÇÃO QUE OS PAIS?

Nas rodas de bate-papo onde se encontram vários pais, em entrevistas e programas da mídia direcionados ao tema: filhos. Vemos pais e mães falarem sobre os seus filhos enaltecendo as qualidades, demonstrando amor incondicional, jurando que doam a vida, e que até sua própria existência depende da prole. Isso acontece praticamente com todos os pais.

Para muitas pessoas, é claro, que ainda não tem filhos, esse sentimento é demonstrado de maneira exagerada. Mas, me pergunto: por que tanto sentimento e exaltação ao ponto de chegarmos a jurar “dar a vida” por outro ser humano, nos preocupar pelo bem-estar, pela felicidade, nos colocar sempre à disposição, e estar disponível sempre a fazer algo para melhorar as suas vidas? Estamos sempre em “estado de alerta”.

No artigo: PATERNIDADE, postado neste BLOG, escrevi sobre o contrato espiritual que assumimos antes de chegarmos aqui quando fomos convidados pelos “nossos filhos” para sermos seus pais. Acredito ser por esse motivo que ficamos tão ansiosos em cumprir todas as cláusulas do compromisso, que criamos expectativas em nós e neles.  Eu não sou diferente.

Mas, na verdade essa discussão se dá porque um dia desses alguém me questionou: Será que o amor, a dedicação, a admiração, o respeito e a busca para entender e compreender os sentimentos dos filhos e dos seus cônjuges que você tanto fala e de que se orgulha, será eles sentem ao menos um milésimo de tudo isso ou é somente de sua parte – via única? – Ninguém percebe esse envolvimento por parte deles. Esse comentário me deixou pensativo e até apreensivo.  Resolvi escrever este artigo para discussão.

Pode ser que essa pessoa tenha razão. Realmente os pais, às vezes ou quase sempre, exageram em suas colocações e expressam seus sentimentos de forma exacerbada.

Depois disso fui relembrar algumas situações que presenciei de filhos - rapazes e moças - em roda de bate-papo nos encontros com a “galera” e os “brothers” eles, na grande maioria, tem alguma reclamação e ressentimento contra aos pais. Os rapazes criticam os pais e as meninas as mães. Com relação ao tema – demonstração exagerada dos sentimentos dos pais – existe certa “condenação” por parte dos filhos. Acho que eles se sentem infantilizados ou ridicularizados por tal exposição, às vezes gratuita perante as pessoas.

Existem muitos jovens que não demonstram o carinho, amor e respeito pelos pais. Aqueles que relutam em compartilhar parte de sua vida, aqueles que até se negam atender uma ligação telefônica, aqueles que têm preferência pelos “amigos”, mesmo que seja transitório. Não que os amigos não tenham importância. Aqueles que se sentem capacitados para todas as adversidades da vida e não aceitam partilhar com os pais. Vejo que sobre esses comportamentos se não pode depositar totalmente a responsabilidade nos filhos, os pais têm grande influência. Por que recebemos o que doamos.

Mas acredito que os filhos amam e admiram seus pais. Têm é vergonha e constrangimento em demonstrar seus sentimentos.

Convido aos pais e mães a parar e analisar nossas demonstrações exageradas de amor e elogios aos nossos filhos. Para que eles não se sintam ridicularizados e constrangidos diante das pessoas.


sábado, 28 de agosto de 2010

CASEI COM A PESSOA ERRADA?

Esse tema é um dos mais controversos dos relacionamentos humanos. Convivência Conjugal.  O primeiro contato que temos sobre esse tipo de relacionamento são os dos nossos pais. E é tão importante na nossa vida que, quando somos crianças, qualquer demonstração de desarmonia entre eles, uma tristeza brota no fundo de nossa alma. Mesmo depois de adultos ainda assim nos incomoda.

Existem muitas teorias sobre o encontro do homem e da mulher para o casamento. Mas, a que eu acho ser mais provável, por sermos Seres Espirituais, é que planejamos com antecedência a nossa vinda e o que temos que aprender. E esse aprendizado principal é o do Amor.

E um deles é o encontro com a nossa “cara metade”, “alma gêmea”, “a tampa da nossa panela”, “companheira (o)” - nosso cônjuge. Esse encontro não é por acaso, é compartilhado por ambos, utilizando o livre arbítrio (presente divino a cada ser espiritual) e ainda envolvido das bênçãos dos nossos anjos e ancestrais que vivem no “mundo espiritual”. Concluímos que não é uma escolha aleatória. Daí, percebemos a magnitude dessa missão espiritual.

Se analisarmos somente de um foco. Podemos pensar e concluir: Conhecemo-nos, “foi amor à primeira vista”, “nos gostamos”, “achei interessante”, “tinha futuro”, e “é de família boa” e ai decidimos nos casar.  Não imaginamos que esse “primeiro” encontro já aconteceu muito antes de chegarmos aqui e encontrar essa pessoa amada. Então, afirmo mais uma vez: não é por acaso que estamos casados (a) como nosso cônjuge. Ele é nosso (a) companheiro (a) de viagem. Somos um para o outro professor e aluno no curso da vida.

Com o coração puro e cheio de amor, prometemos um ao outro ser compreensivo, amigo, atencioso, bondoso, leal, respeitoso, amoroso e principalmente companheiro nesta jornada. Acredito que no momento dessa promessa estávamos cercados de “Seres Espirituais Amorosos” – Anjos de Luz, acreditando em cada palavra proferida por nós e nos abençoando. Pois o objetivo maior é aprender um com o outro a manifestar o Amor de Deus.

No entanto, a convivência conjugal nem sempre é harmoniosa. Pode ser por não ter em nossas lembranças recentes o registro desse compromisso espiritual solene. O que acontece com muitos casais são disputas pessoais, profissionais, ciúmes por que um dos cônjuges naquele momento estar melhor em alguns aspectos, e até disputas porque tem um cônjuge mais carismático que o outro. Chegam a acreditar que “escolheram” a pessoa errada para se casar e vivem como verdadeiros rivais.

Como esse tipo de convivência não é o da “promessa espiritual”. Vivem atormentados com tristeza, angústia, solidão, ansiedade e em desarmonia, como que vivessem num campo de batalha, procurando sempre a defesa ou ataque para sobreviver.  Tudo isso reflete em doenças em ambos, caso tenham filhos, serão os mais atingidos. Aparecerão, ainda, dificuldades financeiras, infelicidades, rejeição familiar, e também preocupação e tristeza de todos aqueles que acreditaram e abençoaram seus propósitos tão sublimes.

Realmente para muitos de nós não é tão fácil considerando que somos pessoas únicas, com gostos e sonhos diferentes, nossas famílias de regiões culturais diversas, sexos de naturezas opostas e também estamos submersos num mundo de disputas e egoísmos, onde valemos o que temos e não o que somos como seres personalizados com características individuais e espirituais.

É nesse ambiente distorcido que deixamos de admirar nosso cônjuge, como companheiro (a), como amigo (a), como parceiro (a) e nos espelhamos em outras pessoas com valores transitórios e perdemos a oportunidade de sentir no nosso (a) amigo (a) de viagem a bondade e amor de nos aceitar para partilhar essa caminhada de aprendizado com docilidade e amor.  

Então, caros (as) amigos (as) voltemos nossos olhos e corações para nosso cônjuge descubramos nele as coisas boas e os motivos  que nos vez escolhê-lo para trilhar conosco essa caminhada. Pelo mesmo princípio que necessitamos nos aprimorar fazendo cursos e participando de eventos profissionais quando ingressamos numa empresa para que possamos manter a empregabilidade, assim também acredito que na área do casamento há necessidade de buscar  diversos instrumentos e processos como terapia conjugal, psicoterapeuta, psicólogos, literaturas, palestras, workshop e congresso para podermos nos aprimorar. Para isso precisamos ter humildade e coragem para fazer o cônjuge e a nós mesmos felizes.

Somente os dois poderão se ajudar. Porque foi assim que se comprometeram.

 Aposto que seremos muito mais felizes e também nossos filhos se sentirão mais seguros, confiantes e preenchidos de paz. Aí sim, sentiremos a consciência tranqüila e também receberemos a aprovação dos nossos “Seres Espirituais” que acreditaram em nossas promessas e palavras. E como resultado final teremos um lar feliz e abençoado.

Boa busca para felicidade com o seu (a) grande amigo (a) e companheiro (a) de viagem. 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O GENRO E A NORA SÃO DO NOSSO CÍRCULO DE ENERGIA FAMILIAR?

Quando casamos criamos, consciente ou inconscientemente, um formato da nossa nova família. Elegemos parte dos processos que acreditamos ser positivos da nossa e parte dos processos da família do nosso cônjuge. Tentamos nos afastar e eliminar os processos considerados por nós negativos e prejudiciais à formação do novo modelo que buscamos. No percurso dessa nova caminhada, nos deparamos com vários desafios.

Percebemos que implementar essa decisão não é tão fácil - a seleção desses processos positivos e negativos - pois eles estão arraigados em nossas almas e em nossas personalidades. São heranças genéticas, “cármicas” e espirituais que trazemos dos nossos antepassados. Dificilmente conseguimos nos desvencilhar e ocultá-las em nossa vivência do dia-a-dia.

Na fase seguinte, chegam nossos filhos, mais elaborados, com a consciência expandida, com capacidade superior para enfrentar novos desafios e espiritualidade mais desenvolvida. Mesmo assim, ainda trazem consigo partes positivas e negativas dessas heranças genéticas dos nossos antepassados.

Acredito ser esse o fato que nos liga pelo Amor e Afinidade aos nossos ancestrais e que nos faz continuar na busca do aprimoramento moral, intelectual, espiritual e pessoal para oferecer o melhor que temos aos nossos filhos e descendentes. Isso é parte da nossa missão.

Assim, nós e nossos filhos – a família - vamos trilhando nesse caminho na busca da felicidade e procurando adquirir conhecimentos para que cumpramos nossa missão. Percorremos por vários caminhos e/ou pelos “becos” da vida. Acertamos, erramos, sorrimos, choramos com alegria, com tristeza, vencemos, perdemos, às vezes não compreendemos, às vezes somos incompreendidos, às vezes não sabemos ouvir e nem falar, somos omissos, somos desrespeitosos, às vezes agimos com
sabedoria, às vezes com o ego, porém, acredito, que sempre por amor.

Desta forma criamos um círculo de energia em que estão inseridos os membros de nossa família. E nesse círculo deve haver um centro – um responsável por toda a família. Essa energia, ela pode ser mais positiva ou mais negativa dependendo de como foram conduzidas por nós as caminhadas pelos caminhos e/ou pelos “becos” da vida.

Então nossos filhos crescem, e vão planejando suas vidas adultas. Seguirão seus caminhos com a bagagem que trouxeram e as que receberam no seio da família.

Nesse caminho aparece a pessoa que, a partir de então, fará companhia em uma nova missão - o casamento - de grandes responsabilidades e importância em suas vidas e de nossos descendentes.

Uma missão que começou há gerações e gerações passadas, e que temos a responsabilidade de continuar aprimorando a cada geração, incutindo a cada uma mais sabedoria e amor. Essa nova pessoa é o cônjuge do (a) nosso (a) filho (a) – nosso genro e/ou nossa nora.

Eles agora farão parte deste círculo de energia. Deverão ser acolhidos como verdadeiros membros de nossa família. Farão parte da nossa nova árvore genealógica e os descendentes deles, também nossos, trarão parte da herança genética, “cármica” e espiritual impregnadas em suas almas.

Nossos filhos terão a responsabilidade de proporcionar-lhe a compreensão, o companheirismo, a amizade, o respeito, a consideração, o carinho, a dedicação, a responsabilidade, a sabedoria e o amor por ele ou ela e sua família, incluindo os antepassados, para que se sinta acolhido (a) dentro desse círculo de energia positiva e possa retribuir com responsabilidade e confiança da mesma forma e com a mesma intensidade. Nesse ambiente, a nova família se formará com sustentáculos firmes e sólidos, consolidando novo círculo de energia positiva. Formando pessoas seguras, felizes, amorosas, resolvidas, com sabedoria e espiritualidade. Onde manifestarão alegria, gratidão e o amor pela sabedoria e dedicação de seus antepassados. Sentir-se-ão preparadas para o início de um novo ciclo da próxima geração. Sentindo sempre em suas vidas o círculo da energia positiva herdada de seus ancestrais.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

MISSÃO DOS PAIS PARA COM OS FILHOS

A relação entre pais e filhos acredito ser uma das que “Deus” procurou dar maior importância.


Ela nos proporciona aprendizados maravilhosos – como manifestar o amor, compreensão, respeito, doação e principalmente a sabedoria. Mas nem sempre conseguimos.

A maioria de nós, pais, não consegue trilhar por esse caminho sem se deparar com grandes obstáculos, cujos resultados só serão percebidos quando os nossos filhos, já adultos, estiverem sentindo em suas vidas as conseqüências de graves erros, omissões, prejulgamentos, críticas infundadas e falta de respeito à sua individualidade.

Quando nossos filhos chegam, é natural a alegria e felicidade dos pais. Fazemos promessa sobre a forma que vamos criá-los, educá-los e como vamos nos relacionar.

Mas nunca pensamos que aquele Ser vem com personalidade própria, sentimentos, sonhos, gostos, vontades, e uma missão, designada pelo Divino, que somente ele poderá cumprir.

E sem percebermos vamos impondo nossas vontades, nossos gostos, nossos sonhos e nossos ideais de uma forma muitas vezes tão cruel e desrespeitosa que “matamos” a vida deles. É...matamos. Matamos porque não permitimos a eles o direito sagrado de manifestarem todos os atributos da sua individualidade.

Fazemos isso, acredito, por que também não nos foi permitido ser nós mesmos. Termos nossos sonhos realizados, nossas vontades, nossos ideais, nossas crenças e nosso livre-arbítrio. Sentimo-nos frustrados. E um ser humano frustrado é inseguro, inconstante, medroso, não sabe ouvir nem falar, não sabe demonstrar o amor. Tende a ser injusto, autoritário, arrogante. Ou então omisso, ausente e parcial para não ter que enfrentar seus medos e frustrações.

Nesse ambiente, vemos nossos filhos crescerem e ficarem adultos, também no mesmo formato que seus pais.

Mas existem aqueles pais que tiveram seus sonhos realizados, suas vontades nobres atendidas, seus gostos respeitados e sua individualidade admirada, ou mesmo aqueles que para isso tiveram que lutar, enfrentar as circunstâncias adversas. Lutaram pelo que acreditaram mesmo tendo que magoar ou ferir o ego, o orgulho e a hierarquia de seus educadores e formadores. São pais que se apresentam com respeito, compreensão, doação, admiração e amor aos seus filhos. Estes carregam essa herança “genética” em suas vidas, transmitindo às gerações futuras com honradez, reverência e profunda gratidão.

Porque, então, não abrirmos nossas mentes e buscarmos instrumentos e formas para adquirirmos conhecimentos e espiritualidade para conduzir nossos filhos? Acredito que o resultado será magnificamente positivo. Teremos pessoas amadas, respeitadas, honradas, bondosas e seguras. Isso terá reflexos na educação, economia, religião e principalmente na política. Os homens e mulheres saberão respeitar seus pares e, assim, teremos um país e um mundo melhor. Mais justo. Essa é a missão dos pais. Por isso Deus procurou dar grande importância a essa missão.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PATERNIDADE

Daqui poucos dias, estaremos comemorando “o dia dos pais” – segundo domingo do mês de agosto. Nos dias que antecedem essa data, os filhos ficam ansiosos para demonstrar seus sentimentos por meio de presentes ou outras formas.



Mas, na verdade, poderia ser um dia para reflexões dos pais, para analisarmos como estamos conduzindo essa missão tão importante, que terá conseqüências nas vidas de gerações e gerações.



Um dia desses li algo que me deixou pensativo sobre as conseqüências das atitudes, decisões e comportamentos dos pais em relação à vida dos filhos e aos demais descendentes. Não sei mais quem escreveu o artigo, que era mais ou menos assim:

Um velho índio americano deu um conselho, antes de despedir, a um conhecido, que talvez nunca mais se encontrariam:

“Sempre antes de tomar uma decisão importante – criticar alguém, julgar, mudar-se para outras terras, condenar um homem, escolher um campo para semear, declarar uma guerra – meus antepassados pensavam: como isto irá afetar a quinta geração de nossos descendentes?” Desta maneira, suas atitudes eram plenas de responsabilidade.

Faça a mesma coisa: a vida de cada pessoa tem conseqüências que se prolongam por muito tempo, e todos nós precisamos saber que mundo estamos criando para até a quinta geração.”

Que sabedoria! Nos tempos atuais observamos todos nós em busca de sucessos- pessoais, profissionais, poder, status e riqueza materiais. Não que isso seja um pecado ou errado, é que essa busca não deveria ser a prioridade, mas sim a espiritualidade, o conhecimento de si próprio e das leis do Universo.

Lembro, também, de outro caso de Sabedoria. Um filho, com a idade em torno de 15 anos, desejava sair da roça no interior do Estado de Minas Gerais para ir morar na cidade, com desejo de trabalhar e estudar. Ao pedir ao pai, este não lhe autorizou. Ao lhe perguntarem por ele não ia assim mesmo, sem autorização do pai, ele respondeu que não poderia ir sem a bênção do seu genitor, pois assim não teria sucesso. Mais tarde o pai o abençoou. Hoje, é um grande empresário brasileiro. Quando é perguntado sobre o seu sucesso, a resposta é: a sabedoria, o amor e a bênção do meu pai. Então, a decisão do pai em abençoar na época adequada, e a paciência do filho em esperar a benção – essas decisões influenciaram positivamente as vidas de muitas gerações, não só da família, mas também de muitas outras famílias.

Por esses exemplos, notamos a importância da paternidade atenta. Os espiritualistas afirmam que nós – filhos – escolhemos nossos pais antes de chegarmos aqui neste mundo, e que também não é fácil encontrarmos almas/espíritos dispostos a concordarem com o planejamento que esses eventuais filhos os propõem. Assim, têm almas/espíritos que aguardam até 700 anos ingressar nesta escola chamada terra. Considerada importantíssima para nossa evolução, é onde podemos aprender a manifestar a compreensão, adoção e principalmente o amor. E uma das formas é sendo pais.

Às vezes ouvimos alguns pais dizerem que filhos dão muitas despesas e que sacrificaram a vida por causa deles. Essas afirmações são as mais injustas e desprovidas de qualquer consciência espiritual. Acredito que cada filho quando vem a esse mundo atrás consigo sua prosperidade – seus recursos- para que os pais possam lhes manter com alimentação, vestimenta, estudo, moradia e etc. Penso que as bênçãos que as famílias recebem não são por causa dos pais e sim por causa dos filhos. E sobre os sacrifícios desses pais, imagino não serem verdadeiros, pois no momento que foram “convidados” por aquela alma para serem pais e aceitaram, é porque também terão benefícios espirituais com o aprendizado da paternidade. Parece-me pouca consciência da responsabilidade que assumiram. Podemos chamar essa responsabilidade de contrato espiritual entre pais e filhos. Pois foram os dois que aceitaram utilizando-se do livre arbítrio.

Quando nossos filhos são pequenos e ainda não manifestaram totalmente suas características de personalidade, seus gostos, suas buscas e suas vontades, nos avaliamos como pais bons, excelentes e dedicados. Mas, à medida em que eles vão crescendo e manifestando essas características e não mais controlamos suas vontades, não aceitam mais colocarmos neles a roupa que achávamos linda, não aceitam o corte de cabelo que para os pais era da moda, não querem mais participar de círculo de amizade da família. Aí passamos julgar que fizemos de tudo, e o filho não tem gratidão e ficou revoltado.

Na verdade, acredito simplesmente eles estão procurando sua identidade, pois é uma fase de descobertas, de incertezas, medo e principalmente de incompreensão por parte do mundo. Mas tudo passa. Nesse período, nós pais, podemos tentar buscar conhecimento, por meio da literatura e profissionais, sobre essa fase do ser humano, e lembrar que também passamos por ela, e não é fácil para ninguém. A verdadeira receita pode ser paciência, demonstrar amor, compreensão, procurar ficar perto sem invadir seu espaço. Então o que foi respeitado, elogiado, amado, e a cumplicidade do dia-a-dia nas fases anteriores contarão para tudo voltar a normalidade no seu devido tempo.

Então, assim acho que podemos avaliar que fizemos um esforço para cumprir algumas cláusulas do contrato espiritual que assumimos com os filhos antes de vir para cá. Assim podemos receber o abraço e o presente dos filhos, consciente de que estamos tentando, pois os colocamos sempre como prioridade, mesmo depois de adultos. E que nossas decisões, atitudes e comportamentos irão perpetuar nas gerações seguintes. Nas histórias, nos comportamentos, nos sonhos, nas personalidades e principalmente no amor aos antepassados por deixar um legado de respeito, espiritualidade e amor.

Feliz dia dos pais.