quinta-feira, 28 de abril de 2011

NOVO MILÊNIO: ERA DA ESPIRITUALIDADE


Quando vamos falar ou escrever sobre um assunto que envolve religião, precisamos ter “coragem”, sabedoria e também a precaução para que as palavras escritas e ditas não magoem ou desrespeitem as crenças e a fé das pessoas.

Aqui no blog já escrevi sobre religião. Foi um dos artigos que mais teve acesso pelo interesse no assunto de muitas pessoas. Agora escrevo sobre religião e espiritualidade.

Com o passar dos anos, décadas e séculos, a humanidade vai pouco a pouco ampliando a sua consciência, o que exige novo modelo espiritual para tentar responder várias perguntas sobre Deus, à existência da vida, do espirito e as diversidades das circunstâncias da vida.

Os grandes mestres religiosos da humanidade foram divinos professores que transmitiram, em seu tempo, ensinamentos que o homem tinha a capacidade de compreender e absorver.  Devido essa limitação de consciência da humanidade, a cada época, as verdades pregadas por esses grandes mestres foram verdades relativas. Pois a Verdade Absoluta sobre Deus jamais teríamos capacidade de entendimento em sua plenitude.

À medida que a consciência espiritual da humanidade se expande a cada geração, há necessidade de que essas verdades sejam ampliadas, reformuladas, atualizadas, elevadas de amor, de luz, unicidade, e sem a propriedade ou posse de uma ou outra religião.

Algumas das religiões estão obsoletas. Já não atendem mais ao avanço espiritual da humanidade. Muitas delas ainda se baseiam em crenças primitivas e rituais dogmáticos.

Com o progresso evolutivo-espiritual, as novas gerações deixarão de lado o sentimento de “religião” formalizada e institucionalizada, e a submissão a uma crença dogmática. Passarão a se dedicar à busca da espiritualidade, o que significa caminhar em direção a Deus, ou seja, buscar o conhecimento que liberta.

Vejam as novas crianças índigos e cristal que começaram a nascer a partir do inicio da década de oitenta. Hoje algumas já adultas, e dão testemunhos de que acham engraçada a forma que acreditamos e nos dirigimos a Deus e nos relacionamos uns com os outros. 

A consciência espiritual dessa geração é expandida, a compreensão e o entendimento sobre o Divino envolve toda a criação de Deus, seja de qualquer reino de existência. Elas se sentem integradas e unidas á natureza e ao Universo como uma só vida. 

A espiritualidade diz respeito à fluência, à mudança, ao movimento... Essa é a natureza da vida, nos sentimentos íntimos das pessoas, na busca da Luz, atitude consciente de conhecimento interior, e como as pessoas se sentem em relação a Deus e a vida imanente no Universo. O homem espiritualizado é um ser livre em busca de respostas.

Estamos numa fase de transição de mudanças espirituais e precisamos estar alertas para os acontecimentos e as mudanças que já vem acontecendo há décadas no Universo, no nosso planeta e em nossas vidas. 

Precisamos enfrentar velhos paradigmas, ter coragem para assumir novas posturas, e buscar abrir a mente para acompanhar nossos filhos e netos mais conscientes e espiritualizados. E participar ativamente do novo modelo espiritual. Esse  é o caminho da evolução espiritual nesse milênio. 

FILHOS: MENINAS E MENINOS


Geralmente a maioria dos pais deseja que o primeiro filho ou ao menos um dos filhos seja do sexo masculino.  Dificilmente encontramos um pai que diga: desejo que o primeiro filho seja uma menina. Não que considero uma atitude errada. Mas acho intrigante.  


Quando pergunto para alguns pais quantos filhos eles têm, percebo um tom de voz de segurança e orgulho quando se referem aos meninos, principalmente se estes ainda forem garotos de até 11 anos de idade. Já para as meninas, percebo uma afirmação natural sem muito entusiasmo. Não que esses pais não amem suas filhas, acredito.

Mas percebo neles certo incômodo e preocupação com possíveis preconceitos de alguns homens, por ser pai de uma menina. É possível constatar pelas piadinhas direcionadas a esses pais. Seja em qualquer classe social e cultural, há sempre uma piadinha nesse sentido. Uma pena.

Os filhos sejam eles meninos ou meninas sempre nos ensinam sobre a vida.

Os meninos tem uma natureza exuberante, capacidade inesgotável de fascinar-se e maravilhar-se com o mundo, milhares de formas de expressar energias, e é nessas circunstâncias que oferecem aos pais inúmeros desafios e oportunidades de se reconectarem a essa mesma energia vibrante que temos dentro de nós quando os nutrimos, orientamos e lhes oferecemos modelos á medida que eles se tornam homens.

Já as meninas tem grande variedade de qualidades que emergem em momentos diferentes, entusiasmam e se deleitam com as atividades mais simples, veem as circunstâncias da vida com profundidade, tem percepção repentina, se mostram bondosas e compassivas, tem força, capacidade e determinação. Às vezes também se mostram “violentas”, revoltadas e teimosas com objetivo de defender sua honra e sua imagem como ser humano, e facilidade de compreensão e aceitação sobre a espiritualidade.

Nós pais precisamos perceber essas diferenças entre as meninas e meninos. Elas nos proporcionam conhecimento e sabedoria para nos comportar e ter atitudes diante das fases que cada filho deve passar.      

Com as meninas, quando elas estiverem passando pelas diferentes e às vezes difíceis transformações físicas e emocionais da pré-adolescência e da adolescência, os pais precisam redobrar a atenção para não deixar que o tratamento inconsciente ou automático da nossa cultura dispensado ás mulheres influenciem o modo como eles tratam as filhas. Devemos ficar atentos para não tolher a capacidade, a vivacidade, expressão e autonomia delas.

A minha experiência com nossos filhos – uma menina e um menino – para mim foi enriquecedora. Quando chegou nossa filha aconteceu uma transformação avassaladora em minha alma. Nossa filha com jeito especial, amoroso e carinhoso conquistou meu coração e alma. De um homem “seco”, com medo e vergonha de manifestar os sentimentos mais nobres do ser humano – emoção, alegria, felicidade, paciência, doação – para um homem de coragem, emotivo e livre.

Somado ainda a convivência com afilhada e uma sobrinha.  Elas - filha e sobrinhas - me ensinaram sobre o abraço, o beijo, o toque, a confiança, o respeito, a admiração, o carinho e o amor. Aproveitei a oportunidade como uma benção, com gratidão.

Quando chegou nosso filho já havia num ambiente mais dócil, amoroso e alegre. Eu não tinha mais medo nem vergonha de brincar, rir, chorar de emoção.  Pude ser com ele um pai com direito de cantar, assoviar, brincar, rolar no chão e entregar-me a felicidade. Verdadeiramente estava no caminho para ser um pai. Hoje somos grandes companheiros. E orgulho-me disso.

Hoje, mais maduro, tenho um enorme orgulho, amor e realização por tê-los como nossos filhos. Foram realmente nossos mestres. Tornaram-nos pessoas melhores e mais completas.

Podemos aprender que: cada filho é especial, e cada filho tem necessidades especiais. Cada um vê as coisas a sua maneira. Guarde uma imagem de cada um de seus filhos no coração. Deleite-se com eles – seja menino ou menina –desejando-lhes felicidade. Sempre eles vão nos ensinar muito sobre amor, compreensão, bondade e respeito.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ESTAMOS JOVENS A CAMINHO DA MATURIDADE


"Quando os filhos chegam á adolescência,eles estão mais preocupados consigo próprios do que com as outras pessoas"    IçamiTiba 

Conversando com um pai sobre uma viagem de férias que fez com sua família, ele me confessou ressentido que os filhos – com idade entre treze e dezoito anos – foram e voltaram reclamando da viagem, das músicas, das paradas para alimentação. Para eles tudo estava ruim. Era tudo “coisa de velho”.

Acredito que a maioria dos pais já passou por situações parecidas. Qual o pai e mãe que não ouviu do filho ou da filha na idade da adolescência e juventude: “não vou com você em tal lugar por que lá só tem velho”?

Para esses filhos, tudo que seus pais fazem ou tem é “coisa de velho”. As roupas que vestem, o comportamento, o tipo de carro, o modo de falar, de comer e até de dormir. Para os pais, isso traz uma grande tristeza e angústia.

Por amá-los e quererem que eles estejam sempre felizes e alegres, muitos pais demandam grandes esforços para conseguir promover momentos de felicidade, alegria e paz. Numa viagem de férias com a família, em passeios, restaurantes, lanchonetes, shopping e etc. muitos pais economizam durante meses, fazem empréstimos em bancos, deixam de adquirir algum bem para família ou para si na intenção ter momentos alegres e felizes e compartilhar a vida com seus filhos.

Vejo também alguns jovens discriminando, debochando e ridicularizando pessoas que estão na maturidade, não necessariamente idosos. Mas também encontramos muitos jovens dóceis, amorosos, bondosos e atenciosos com as pessoas – maduras ou idosos -, animais e a natureza.

Para estes “jovens” quero esclarecer que o natural da vida é chegar a  maturidade. A não ser que aconteça algum tipo de encerramento da vida antes de chegarmos a essa maturidade.

Imagino que também muitos filhos desejam ver seus pais alegres, felizes e realizados compartilhando a vida juntos com felicidade, pois assim sabem que viverá em um ambiente de harmonia e amor.

Entendo que quando somos, ou melhor, quando “estamos” jovens temos energia física, mental e estamos a todo vapor para apreciar e viver de forma dinâmica, e acreditamos na eternidade dessa fase. É normal e maravilhoso.

Todos nós já fomos crianças, chegamos à adolescência e depois à juventude e finalmente muitos poderão chegar à maturidade. Nunca “somos” criança, jovens ou velhos.  Passamos por essas fases. A Sabedoria do Criador nos proporciona passar por essas fases que a vida nos oferece. Acredito que o desejo e a busca de todos é chegar à maturidade.

Acredito muito na juventude, nas suas buscas, na sua força, nos seus sonhos, na sua determinação, no amor e principalmente na espiritualidade.

Para aqueles que ainda têm o comportamento de subjugar, discriminar e ridicularizar seus pais e pessoas na fase da maturidade oriento que busquem em seus corações e em suas almas os sentimentos mais nobres e sublimes do amor, da compreensão e da bondade, para compreender e aceitar a vida humana e lembrar que nunca somos jovens. E sim “estamos” jovens e seguindo no caminho normal da maturidade. Assim, sentimentos negativos sobre as pessoas maturas tendem a não existir em seus corações e na alma.

Para os pais – ou as pessoas maduras ou idosas - que ficam tristes em ouvir estes comentários, busque no seu interior a criança que ainda está lá e que consegue rir das coisas. Não leve tão a sério, compreendendo que isso é uma fase do jovem em transição.

Você pode mostrar para os seus filhos que você se incomoda em ser discriminado e ridicularizado, assim como eles se incomodam em serem criticados sobre os comportamentos dos jovens na atualidade. E que ainda assim, nesta fase da vida, existe o amor entre vocês, e que você acha maravilhoso partilhar a vida um com o outro.

Para a convivência entre pais e filhos é preciso a compreensão e sabedoria dos pais.  Ficamos mais sensíveis aos sentimentos e comportamentos que cada fase da vida humana pode nos proporcionar de aprendizado, e conscientizar que nossos filhos também fazem parte desse processo da vida.

É para isso que a sociedade humana é estruturada em comunidades heterogêneas, para que possamos conviver com todos, e aprender com cada fase – criança, adolescência, juventude e maturidade.



quinta-feira, 7 de abril de 2011

LUZ PARA TODAS AS PESSOAS VITIMAS DA TRAGÉDIA DA ESCOLA NO RIO DE JANEIRO

Que a Luz Dourada de Cristo ilumine e abrace  essas mães e pais que perderam seus filhos na tragédia da escola no Rio de Janeiro e que os Anjos de Luz recebam com amor aquelas almas que partiram para outro mundo. Amém!

terça-feira, 5 de abril de 2011

DEVEMOS RESPEITAR OS CAMINHOS DE APRENDIZAGEM DE NOSSOS FILHOS


"Ninguém é capaz de resolver um grande problema se não tiver ultrapassado, ao longo da vida, as pequenas etapas"
                                                                                                                                                                                       Içami Tiba


Conversando, observando e pesquisando sobre relacionamento de pais e filhos, às vezes chego a pensar que ser filho não é tão fácil assim.

Cada geração vive em períodos diferentes da história, de conhecimento, de cultura, de consciência, de aprendizado, da religião, de espiritualidade, avanços materiais, tecnológicos e outros muitos. 

As verdades pregadas no passado, hoje não são mais verdades, os pecados do passado, muitos não existem mais. Muitos conceitos sobre vários comportamentos, do bem, do mal, do certo e do errado, mudaram.  Muitas atitudes - hoje comuns e aceitas por todos - se estivessem no passado, toda a humanidade estaria no inferno ou queimada pela “Santa Inquisição”.

Mudanças de geração para geração sempre aconteceram e sempre irão acontecer. Sejam elas de cunho moral, religioso, cultural, educacional, espiritual e etc. Faz parte do “caminhar” da humanidade. Nunca ficamos parados no tempo.

 O que nós, pais, devemos é procurar entender essas mudanças e acompanhá-las para que possamos conviver em harmonia com nossos filhos e com o mundo.

Vejo e ouço muitos pais reclamando dos filhos a partir adolescência até a fase adulta. Criticam o comportamento, as atitudes, estilos das roupas, cortes de cabelo, estilo da linguagem e etc.

Devido essa visão os pais muitas vezes proíbem seus filhos de viver cada fase por medo, por insegurança, por egoísmo, alguns chegam a afirmar que é por amor. Não acredito que o amor sem o egoísmo seja capaz de tirar a liberdade, a oportunidade de aprendizado dos filhos.

Para alguns pode até parecer libertinagem, que os filhos estão “perdidos”, sem rumo ou irresponsáveis. Mas na verdade são experiências, estudos e aprendizados que servirão para vida. 

Logicamente, não estou incentivando os filhos a não terem limites, responsabilidades e bom senso em suas atitudes e comportamentos, e tão pouco aos pais a largarem seus filhos em uma vida sem regras, normas e limites.

Acredito que esses pais que não viveram ou não passaram pelas fases da vida como ser criança na sua plenitude, curtir as descobertas da adolescência e viver a liberdade da juventude, esses Seres humanos - como pessoas e pais - estão incompletas, vazias em uma parte de suas almas.

Como consequências dessa visão, os filhos escondem algumas atitudes, comportamentos e até vícios de seus pais. Para não serem repreendidos, julgados, criticados e ser ainda mais rejeitados por aqueles que deveriam acompanhá-los orientando e compartilhando a vida, buscando o aprendizado com seu apoio e sua companhia.

Quero dizer que cada um de nós deve passar pelas fases que a vida nos oferece e vivê-las com responsabilidade, limites e regras para que possamos aprender com elas. E também com alegria e profundidade.  Somos Seres Espirituais e estamos aqui para aprender e compartilhar aprendizados. Principalmente sobre o Amor.

O ser humano vive em etapas. Em cada época há uma oportunidade de aprendizados e experiências únicas de cada ciclo ou fase de maturidade pessoal.  Assim, os filhos tem o direito de viverem suas fases de aprendizados e os pais o dever de proporcionar um caminho mais suave e permitir que eles vivenciem cada etapa com acompanhamento e sabedoria dos pais.

No percurso de nossas vidas, sejam elas estudantil, social, profissional, encontramos pessoas – professores, vizinhos, profissionais, colegas e etc. – de difíceis relacionamentos, egoístas, incompreensíveis, falsas, mentirosas, dominadoras, maldosas e por aí vai. Se formos buscar a vida pregressa desses indivíduos, será constatado que houve deficiência em suas vivencias em algumas ou todas as fases da vida.

Nosso filho tinha dezesseis anos de idade quando chegou para mim e disse que queria passar o carnaval em Porto Seguro – BA com um casal amigo.

Comecei argumentar para tentar convencê-lo a não ir por que era perigoso e blá, blá, blá. Uma frase dele me calou. Com toda confiança ele afirmou: “Pai, o medo é seu e não meu. Você tem que controlar seu medo. Eu não estou com medo”. Calei-me.
Sabia que naquele momento tinha que tomar uma decisão acertada. A decisão que tomasse iria influenciar para sempre a vida dele, da irmã e nossa. Apreensivo, concordei com ele. 

Anos depois tive outra experiência parecida com nossa filha. Ela queria morar sozinha. Isso me inquietava tanto que eu não dormia de tanta ansiedade. Um dia pedi para ela me convencer. A resposta que ela me deu foi: “Pai é meu sonho. Sempre tive esse sonho”. 

Nesse momento meu coração encheu de emoção e eu procurei compreende-la e respeita-la pela busca de um sonho. Nas duas situações tive a oportunidade de demonstrar que meu amor a eles era muito maior que meu medo e meu ego. Para mim foi um grande aprendizado. E até hoje me emociono pelo aprendizado de todos nós.

Verdadeiramente acredito que não é fácil ser filho. Os pais têm “o poder” de dar ou retirar a coragem, o sonho, a alegria e o aprendizado de seus filhos que contribui para uma vida sem felicidade, sem alegria, sem coragem e de magoa em relação aos seus pais. Simplesmente por ser mais fácil e cômodo proibi-los do que enfrentar nossos medos e limitações que trazemos do passado. Como também os pais podem se livrar do medo, do ego, e usar a sabedoria e amor para lançar os filhos aos seus sonhos, às buscas e aprendizados que a vida lhes oferece.