"A consciência de cada um de nós é a evolução olhando para si mesma e refletindo sobre ela própria."
Teilhard De Chardin
Neste estudo, após 27 meses comparando os dados, a equipe de cientistas concluiu que os jovens que tinham a presença dos pais em pelo menos uma refeição diária estavam menos propensos a se envolver com esses problemas.
“Ao avaliar a vida daqueles jovens, percebeu-se a importância do momento em família para a vida deles. Estar com os familiares dá mais liberdade para o jovem falar dos problemas. A presença dos pais nas refeições facilita uma troca de vivências, e a prevenção de possíveis problemas de envolvimento com vícios”, afirma o psiquiatra Fábio Barbirato, que acompanhou o estudo.
Avaliando a pesquisa, achei interessante por confirmar que o envolvimento e participação dos pais na vida de seus filhos trazem resultados surpreendentes durante a sua formação e na vida adulta.
Formar esse costume, nos dias atuais, demanda esforços e compromisso por parte dos pais devido ao formato das famílias e da vida moderna. Não conseguimos conversar com alguém – sejam eles filhos ou qualquer pessoa – sem que sejamos interrompidos pelos aparelhos e instrumentos tecnológicos disponíveis a todos, como celular - computador, internet e etc.
Ainda assim, acredito que vale a pena incutir e dedicar esforços para nos comprometer e nos envolver com a vida da nossa família. Acredito que o costume de estarmos juntos nas horas das refeições e/ou outras oportunidades, pode elevar a autoestima dos nossos filhos, pode levar com que eles se sintam acolhidos e próximos de nós, pais.
O autor Stephen Kanitz, do livro “A Família Acima de Tudo”, escreveu um capítulo para falar sobre a Autoestima dos filhos. Nesse capítulo ele enfatiza a importância dos pais demonstrarem a filha e/ou ao filho o seu verdadeiro valor. Ele afirma que: “... o que determina o sucesso dos nossos filhos não é boa educação, nem disciplina, nem muito amor e carinho, embora tudo isso ajude”, e também que “.. uma criança tem de gostar de si primeiro para que possa gostar dos outros, dos livros, do estudo, de tudo o que virá depois”.
Os filhos com autoestima elevada sentem-se mais íntimos e próximos dos pais mesmo depois de adultos e esse sentimento traz confiança e alegria. Eles, como nós pais, têm vários ciclos da vida, e em todos eles precisarão do envolvimento e comprometimento dos pais, que devem ter sua formação iniciada ainda quando os filhos são crianças.
Penso que uma das formas de elevar a autoestima dos filhos pode ser compartilhando momentos e situações de alegria, prazer, preocupações, angústias e das suas buscas com atitudes no nosso do dia-a-dia. Com a paternidade atenta, respeitando a individualidade dos filhos, podemos deixar claro e ser receptivo demonstrando-lhes que existe sempre o caminho aberto para eles chegarem a nós quando precisarem.
Imaginem: uma filha liga para o pai e diz: “Pai, vem encontrar comigo para tomarmos um suco e você me dar um abraço, pois eu tenho vinte minutos de intervalo”. E esse pai vai ao encontro da filha e passam esse “tempo” juntos. Outro exemplo: o filho liga para o pai e diz: “Pai já almoçou? Vou passar ai para te pegar para a gente almoçar juntos”. Acontece conosco e nossos filhos – Adultos.
Para mim, é uma grande lição que eles nos passam. Lição de amor, doação, envolvimento e principalmente de autoestima. Por estarem felizes. Essa é nossa missão como pais: fazê-los sentirem-se felizes.