quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

AINDA DISCRIMINAMOS AS PESSOAS POR NÃO ABRIRMOS A MENTE PARA O CONHECIMENTO

Numa viagem que fiz ao nordeste, uma senhora de meia idade sentou-se na poltrona ao meu lado. Depois de algum tempo começamos a conversar sobre diversos assuntos e acabamos falando do comportamento dos jovens nos dias atuais. Ela descreveu que recebeu uma educação rigorosa dos pais, principalmente da mãe. Continuamos a conversa quando descreveu a rebeldia, a irresponsabilidade e a falta de educação dos jovens.  Contra argumentei expondo meu ponto vista de que os jovens das gerações passadas tinham tal comportamento por que o que existia era medo dos pais, dos professores e das autoridades, e não respeito e obediência voluntária.  

E que as novas gerações, que começaram a nascer a partir da década de oitenta, têm consciência mais expandida e esse tipo de medo, intimidação e dominação não se aplicam a elas. São pessoas que trazem consigo conhecimentos sobre a espiritualidade, intuição aguçada, facilidade de aprendizado. São ligadas à natureza, são solidárias e não se sujeitam às manipulações dos adultos. São as crianças índigo. Essa senhora me perguntou: - Crianças o que? Falei - Índigo. - O que é isso? Perguntou a senhora. Respondi: - Crianças de “aura azul”.  Em seguida me fez a pergunta: - De que religião o senhor é? Eu disse: não sigo nenhuma religião. Nesse momento percebi um misto de medo e discriminação. A nossa conversar se encerrou, essa senhora não falou mais nada. Chegamos ao aeroporto e ela procurou se afastar de mim.

Fiquei pensando o que faz as pessoas terem tal comportamento?  Medo?  Lembrei-me da escritora Sylvia Browne autora de diversos livros sobre espiritualidade, dentre eles: “Segredos e Mistérios da Humanidade”. Neste livro ela escreveu sobre segredos, mistérios e mitos antigos que intrigam a humanidade há – muitas vezes – séculos. No livro, ela afirma que no passado tudo que não se conhecia ou não se aceitava relacionado à espiritualidade e a ciência, “os religiosos” afirmavam que eram “coisas do demônio”. E quem buscava o entendimento e o conhecimento sobre tais “coisas” teriam parte com diabo. Foi assim que muitos homens e mulheres foram condenados à morte – a santa inquisição.

Essa senhora, ainda hoje no século XXI, tem o mesmo comportamento de épocas remotas na história da humanidade. Foram atitudes e ações que levaram a sofrimentos, torturas e mortes de seres humanos, simplesmente por serem dotados de capacidades e dons à frente de sua época. E ainda hoje existem pessoas, no meio de nós, nessas condições: á frente de sua época.

Poderíamos ter conversado mais e aprendido um com o outro sobre este e/ou outros assuntos. Mas a discriminação e o medo nos fazem afastar do conhecimento, do saber, da curiosidade, de seguir em frente, de sermos dóceis e compartilhar nossas dúvidas.
  
Espero que as novas gerações, sejam índigo ou não, tenham a capacidade de superar essas limitações, e assim contribuir para um mundo sem sectarismos. Deixando de vez para trás uma historia de trevas e sofrimentos, e trilhando o caminho da paz, da solidariedade, da troca de conhecimentos e experiências.  Teremos um mundo melhor.     

2 comentários:

  1. é isso mesmo! todo mundo perde e se perde em seus mundos. Aprendemos a deixar de ser curiosos desde pequenos; aprendemos a nos afastar de tudo o que é diferente de nós ou da nossa religião.

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  2. Eurípedes,
    Confesso que me surpreendi com esse texto.
    Achei que vc iria falar sobre a atitude de jovens, sobre irresponsabilidades ou coisas do gênero, no entanto, a medida que fui lendo percebi que você abordava um tema muito mais profundo e complexo: o falso pudor, a falsa puritaniedade.
    Adorei esse tema...fale mais sobre ele.Existem poucas pessoas que tem a coragem de dar a cara a tapa e falar o que realmente acontece, falar o que realmente pensa e o que realmente é verdade sobre muita coisa.
    O conhecimento liberta...talvez seja isso que muitos temam.
    Ser "ignorante" talvez seja cômodo, por isso atitudes assim ainda se repitam em nossa sociedade.

    Adorei!

    Bjokas!

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