
E que as novas gerações, que começaram a nascer a partir da década de oitenta, têm consciência mais expandida e esse tipo de medo, intimidação e dominação não se aplicam a elas. São pessoas que trazem consigo conhecimentos sobre a espiritualidade, intuição aguçada, facilidade de aprendizado. São ligadas à natureza, são solidárias e não se sujeitam às manipulações dos adultos. São as crianças índigo. Essa senhora me perguntou: - Crianças o que? Falei - Índigo. - O que é isso? Perguntou a senhora. Respondi: - Crianças de “aura azul”. Em seguida me fez a pergunta: - De que religião o senhor é? Eu disse: não sigo nenhuma religião. Nesse momento percebi um misto de medo e discriminação. A nossa conversar se encerrou, essa senhora não falou mais nada. Chegamos ao aeroporto e ela procurou se afastar de mim.
Fiquei pensando o que faz as pessoas terem tal comportamento? Medo? Lembrei-me da escritora Sylvia Browne autora de diversos livros sobre espiritualidade, dentre eles: “Segredos e Mistérios da Humanidade”. Neste livro ela escreveu sobre segredos, mistérios e mitos antigos que intrigam a humanidade há – muitas vezes – séculos. No livro, ela afirma que no passado tudo que não se conhecia ou não se aceitava relacionado à espiritualidade e a ciência, “os religiosos” afirmavam que eram “coisas do demônio”. E quem buscava o entendimento e o conhecimento sobre tais “coisas” teriam parte com diabo. Foi assim que muitos homens e mulheres foram condenados à morte – a santa inquisição.
Essa senhora, ainda hoje no século XXI, tem o mesmo comportamento de épocas remotas na história da humanidade. Foram atitudes e ações que levaram a sofrimentos, torturas e mortes de seres humanos, simplesmente por serem dotados de capacidades e dons à frente de sua época. E ainda hoje existem pessoas, no meio de nós, nessas condições: á frente de sua época.
Poderíamos ter conversado mais e aprendido um com o outro sobre este e/ou outros assuntos. Mas a discriminação e o medo nos fazem afastar do conhecimento, do saber, da curiosidade, de seguir em frente, de sermos dóceis e compartilhar nossas dúvidas.
Espero que as novas gerações, sejam índigo ou não, tenham a capacidade de superar essas limitações, e assim contribuir para um mundo sem sectarismos. Deixando de vez para trás uma historia de trevas e sofrimentos, e trilhando o caminho da paz, da solidariedade, da troca de conhecimentos e experiências. Teremos um mundo melhor.