sexta-feira, 25 de março de 2011

EU TAMBÉM SOU APRENDIZ




Nos artigos postados aqui no blog sempre destaquei a importância do relacionamento conjugal, das atitudes e ações dos pais e da família na formação do futuro dos filhos.  

Conversando sobre o blog com um leitor ele questionou-me se eu realmente tive ou tinha todos os comportamentos e atitudes que escrevo.  Na pergunta senti que os artigos haviam despertado nele sentimentos de: “Será que esse cara é tão bom assim? Não acredito que seja”.  Imagino que esse sentimento tenha sido despertado também em muito outros leitores. O que é normal e não os condeno.

Caro (a) leitor (a), como o nome do blog mesmo define, SOMOS TODOS APRENDIZES. O que escrevo é resultado da minha vivência como pai, esposo, observador, leituras, pesquisas e principalmente nos bate-papos com as pessoas, sejam elas jovens, velhos, crianças, homens e mulheres, de posse material ou não.

Na minha experiência como pai, certamente devo ter cometido erros gravíssimos. Erros que marcaram a vida dos meus filhos para sempre, erros que eles, pela compreensão e bondade, conseguiram superar. Erros que eles passarão para os meus descendentes por que não conseguirão desvincular-se e, finalmente, erros com os quais convivem e ainda influenciam seus relacionamentos como pessoas, como profissionais, filhos, esposa, esposo e assim vai.

Também como esposo, igualmente, cometi erros. O que resultou, na vida da minha esposa, em momentos de tristezas, angustias, sofrimentos, incertezas e desalento. Com certeza influenciou a vida dela e de outras pessoas de seu convívio.

Sentimentos negativos que poderiam ter sido evitados. Mas por falta da minha  capacidade de percepção, imaturidade, falta de sabedoria, ego, e circunstância da época e do momento, os cometi.

Mas também acredito que pela busca de oferecer a minha família uma vida de felicidade, harmonia, proteção, segurança e principalmente da espiritualidade procurei todos os dias ser uma pessoa melhor. Centrar nas suas necessidades, seus desejos, seus sonhos, suas diferenças, suas limitações individuas e seus potenciais para que eu pudesse exercer com responsabilidade a missão de esposo e pai. Com a força de todo meu amor fiz escolhas para o bem de todos, mesmo que essas escolhas tenham sido interpretadas por outros de forma distorcida.  

 E essas ações, imagino, resultaram em momentos de alegria, confiança, companheirismo, amizade, segurança e honestidade. Acredito que quando nossos filhos nos “escolhem” para serem seus pais assumimos uma grande responsabilidade perante eles e que todas nossas decisões, ações e atitudes vão ressonar na vida deles e por muitas gerações futuras. 

Consta no texto Paternidade, aqui no blog, um exemplo de sabedoria de um velho índio americano sobre as consequências de nossas atitudes nas gerações futuras. Veja a seguir:

Um velho índio americano deu um conselho, antes de despedir, a um conhecido, que talvez nunca mais se encontrariam:

“Sempre antes de tomar uma decisão importante – criticar alguém, julgar, mudar-se para outras terras, condenar um homem, escolher um campo para semear, declarar uma guerra – meus antepassados pensavam: como isto irá afetar a quinta geração de nossos descendentes?” Desta maneira, suas atitudes eram plenas de responsabilidades.

Com essa responsabilidade de nossas decisões influenciarem vida de nossos descendentes, acredito que assim eu esteja contribuindo para que meus filhos tenham consciência da importância da família e interiorizem em suas almas essa busca constante, e consigam repassar para próximas gerações valores ainda mais depurados.

Creio que essa deve ser a busca de todos os pais, mães, filhos, filhas, esposos e esposas. Também me encontro nessa busca constante com objetivo de atingir não só a geração dos meus filhos como as gerações dos meus descendentes. SOMOS TODOS APRENDIZES.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A IMPORTÂNCIA DA CULTURA FAMILIAR


Na visão do educador Paulo Freire, “quem não aprende a interpretar o que mundo ao seu redor tem a dizer, terá muita dificuldade em compreender o que as palavras impressas em um livro querem transmitir”.  Segundo ele, “essa primeira leitura quem nos ensina é a família, o lar a que nos foi dado pertencer”.  Paulo Freire se refere à importância da família na formação do caráter e da competência social e produtiva dos filhos.

Acredito que cada família desenvolve, conscientemente ou não, uma cultura única. A atmosfera física e emocional que os pais criam na família determina como se dará o desenvolvimento dos valores familiares.  Quanto mais atenção se dá a essa dimensão da vida familiar, tanto mais probabilidade haverá de que os valores profundos da família sejam sempre lembrados e tenham prioridades nas decisões dos nossos filhos no futuro.

Uma cultura familiar positiva pode dar aos filhos uma estrutura sólida para que encontrem seu próprio caminho no mundo. Nosso papel, de pais, é identificar nossos valores mais profundos e personificá-los da melhor maneira possível em nossas vidas e em nosso trabalho de educar os filhos.

No entanto existe certa dificuldade, em parte, em perceber as qualidades dessa cultura familiar e fazer opções conscientes que reflitam e representem os valores que temos para repassar aos nossos filhos.

Veja que algumas famílias prezam as aparências mais que tudo. O que parece prioritário é o “bom comportamento”, a “boa aparência”, o “sucesso material e/ou profissional” das pessoas. Já outras famílias valorizam a soberania, a individualidade, a empatia, a aceitação, a honestidade dos sentimentos e a conscientização do amor e da espiritualidade.

Como pais, tentamos viver e passar aos nossos filhos, ao máximo, esses valores que prezamos e valorizamos, dando-lhes prioridade maior a cada instante.
Na família cabe aos dois – pai e mãe – a responsabilidade pela noção de família como um todo. A família se nutre na medida em que dela temos consciência e levamos suas necessidades em consideração, da mesma maneira como ponderamos as necessidades de cada um dos filhos.

A família necessita de atenção constantemente.  Algumas vezes precisamos reunir todo mundo, às vezes só para entrarmos em sintonia, às vezes para nomear e solucionar problemas específicos, às vezes apenas para nos divertirmos. Com o tempo, um sentimento coletivo de pertencer a um todo maior se desenvolve nos filhos, que começam também a ser responsáveis pelo bem estar da família. Claro, isso varia de família para família.

Assim, acredito que os filhos vão formando seus próprios valores sociais a partir do clima e da cultura da família e de suas interfaces cada vez mais amplas com o mundo.  Terão uma leitura do mundo de forma mais segura, mais consciente, com mais bondade, com mais sabedoria e, sobretudo com respeito às pessoas e suas diferenças.  

quinta-feira, 17 de março de 2011

OS FILHOS NECESSITAM DO ENVOLVIMENTO DO PAI EM SUAS VIDAS!


Nas conversas que tenho com alguns jovens e adolescentes, um questionamento geralmente surge: “Por que meu pai não é tão legal como eu queria que ele fosse?” Observo que nas palavras e nos rostos desses jovens existe misto de tristeza e decepção com o pai e mesmo com a vida. Do outro lado, também alguns pais ressentem-se de os filhos não terem a liberdade e intimidade de se aproximarem deles.

Imagino que isso se deve a cultura imposta às famílias, na qual somente as mães são as responsáveis pela condução, criação, cuidados e educação dos filhos. Essa cultura não tem contribuído muito para a participação ativa do pai, restando a este, praticamente a responsabilidade pela provisão material, sem uma participação na formação afetiva e emocional dos seus filhos. 

Acredito que essa cultura teve origem no passado recente quando as religiões incutiram na mente da humanidade que a capacidade, o dever e habilidade de “criar”, “cuidar” e “educar” os filhos eram somente das mães. Acho que por vinculação e analogia a imagem que se adotou de Maria, Nossa Senhora, mãe de Jesus.

E ainda, somado a esse aspecto, mesmo que inconscientemente, existe certo sentimento, por parte das mães, de posse dos filhos. Uma forma de “propriedade psicológica” em relação ao filho, deixando de fora a participação do pai.  Tal propriedade se alimenta na mulher por alguns fatores que ocorrem durante a gravidez. 

Além das inúmeras transformações físicas e emocionais por que passam, as mulheres são constantemente lembradas de seu estado especial pelas reações das pessoas, pelas mudanças cada vez mais dramáticas que ocorrem no corpo, e finalmente pelo nascimento do bebê. Neste momento acontece fisicamente a responsabilidade de alimentar, cuidar e ter os primeiros contatos com aquele ser.

Durante esse processo a participação do pai é quase que nula, aumentando ainda mais o sentimento de “propriedade psicológica” da mãe sobre o filho.

Algumas mães com esse sentimento de “propriedade psicológica” mais aguçada não permite ao pai ser “PAI”. Adotam atitudes que impedem ou impossibilitam que o pai tenha uma aproximação e convivência harmoniosa e de intimidade com os filhos.

 Logicamente, esse comportamento por parte dessas mães, cria nos filhos sentimentos negativos em relação ao pai, assim como do pai em relação aos filhos.  Stephen Kanitz autor do livro: Família Acima de Tudo afirma que pela sua experiência no consultório, a ausência do pai é mais desastrosa na vida dos filhos que a ausência da mãe.

Penso que tais mães deveriam rever suas crenças e suas atitudes em benefício da felicidade de seus filhos e permitir que o pai se aproxime, conviva e participe da educação, dos cuidados e da formação emocional, psicológica e intelectual dos filhos.    

E a esse pai que conquistar essa “benção”, junto às mães, de poder participar ativamente na educação, criação e cuidados de seus filhos, que procure não decepcioná-las e que busque exercer sua missão de pai com docilidade, sabedoria, amor, bondade e em especial com espiritualidade.

 Posso dar meu testemunho. Fui abençoado pela minha esposa que permitiu eu exercer na plenitude a missão de Pai. Para mim umas das maiores felicidades e acredito que nossos filhos foram também agraciados. Procurei me preparar, focar e aprender todos os dias e em todas as situações.   Na verdade, essa atitude é a paternidade atenta.

Na paternidade atenta percebemos que, em família, vivemos dançando uns com outros uma dança de energia sempre em transformação, colocando nossas vibrações em frequências diferentes e interagindo com a energia do outro na forma de pensamentos, sentimentos e de suas expressões – verbais e não verbais – através de nossos corpos, nossas ações e nossas reações a acontecimentos e atos.

Pai e filhos vivem influenciando mutuamente suas energias. Nossa vida orbita no campo magnético do outro, física, emocional e psiquicamente, e estamos sempre interagindo uns com os outros e influenciando-nos mutuamente às vezes de maneira sutil e outras nem tanto, às vezes conscientemente, outras não.

Os filhos às vezes entram em estados de energia muito fortes que podem nos afetar de várias maneiras diferentes. Se pudermos perceber suas ressonâncias, podemos escolher nossos passos mais conscientes e entrar em sintonia com as suas necessidades. Assim estaremos mais próximos dos seus sentimentos e de desempenhar melhor o nosso papel como pais.      

Isso pode acontecer em níveis muito diferentes em cada família, mas às vezes nos passa despercebido e pode nos arrastar para lugares aonde não queremos ir, sem que saibamos como lá chegamos. Se não dermos conta, quando percebermos nossos filhos estarão tão distantes de nós e da família, sem referencia, sem aconchego, solitários e emocionalmente desamparados. 

Estar afinados com nossos filhos é perceber as mensagens que eles nos enviam, não só com palavras, mas também com cada aspecto do ser deles, e nos ajustar para ressonar em harmonia com eles.

Quando os filhos crescem, a afinação entre eles e o pai fica mais complicada. Estar em harmonia com filhos não significa que as coisas serão sempre harmoniosas. A afinação em momentos de grande desarmonia e conflito exige tudo de nós, cada grama de energia e sabedoria, para que, mesmo durante os atritos, tenhamos em vista quem realmente são nossos filhos e o que precisam de nós naquele momento. 

Os autores Myla e Jon Kabat do Livro: Nossos Filhos, Nossos Mestres descreve uma situação que ilustra claramente uma situação de afinação, mesmo que complicada: “A filha de 12 anos chega da escola e entra em casa com a cara feia. “Estou com fome”, reclama agressiva. Vejo imediatamente que a escola está lhe pesando. Ela está assoberbada. Passou o dia todo com outras pessoas. Está com baixa de açúcar no sangue. Está desfalecendo. Já prendi a ter alguma coisa pronta para ela comer quando chegar em casa. Também já aprendi a não lhe fazer perguntas, a lhe dar espaço. Essa não é a hora para criticar seu tom de voz nem lhe ensinar a ter bons modos. Depois de comer, ela costuma ficar mais simpática comigo, e vem me dar um abraço ou vai se enfurnar no quarto para ouvir música”. Esse exemplo, para mim, é uns dos mais sábios que conheço.  Ele muitas vezes me serviu de referência.

Acho importante a qualidade da nossa presença com filhos. É fundamental para a qualidade de nosso relacionamento com eles. A presença é atenção. Cultivá-la requer um esforço consciente e sustentado, uma vontade de ser autêntico, alerta e afinado. 

Quando somos autênticos com nossos filhos, somos genuínos. Não escondemos nem fingimos. Não discriminamos certos sentimentos em nós mesmos ou neles.


Acredito que para a felicidade dos filhos e da família, as mães devem permitir ao pai a participação  na condução, criação, educação dos filhos que resultará em um convívio harmonioso entre pai e filhos. Verá que os filhos se tornarão mais felizes, seguros, harmoniosos e terão uma vida de sucesso.  O pai saberá de sua responsabilidade grandiosa de proporcionar a todos felicidade, auto-estima, segurança, determinação, alegria e a espiritualidade.  Todos os filhos consciente ou inconscientemente esperam isso de seus pais. 


segunda-feira, 14 de março de 2011

HOMENS E MULHERES A CAMINHO DO EQUILIBRIO



"Nenhum homem ou mulher do tipo mais humilde pode ser realmente forte, gentil e bom, sem o mundo ser melhor por isso, sem alguém ser ajudado e confortado pela própria existência dessa bondade"  
                                                                                                     Alan Alda                                                             
                      
Assisti a uma palestra com o tema “As mulheres nos dias atuais” e achei muito interessante, por se tratar de um tema tão controverso nos dias de hoje. As mulheres, ainda, lutam por conquistas de liberdades, igualdades, reconhecimentos e por ai vai. A palestrante, uma senhora de meia idade, iniciou contando suas conquistas na área profissional. Disse que atuou por vários anos como “gestora de vários departamentos”: gerente e diretora em grandes empresas. Ela teve grandes desafios por ser uma mulher comandando vários homens, muitos deles machistas. Sentia-se como que abrindo caminho para muitas outras mulheres.

Relatou que nesse período adquiriu o hábito de “mandar” e “controlar” as pessoas e as situações ao seu arredor. E essa postura, ela trouxe para sua vida familiar, para os relacionamentos pessoais e para seu dia-a-dia. Continuava como “diretora” dando ordens, determinando com ia ser tudo e que todos tinham que executa-las de acordo com sua visão, sem questionamentos.

Com o tempo percebeu que algo estava errado. Primeiro com ela própria, percebeu que seus sentimentos estavam duros, críticos, amargurados.  Em seguida com os filhos e o esposo. Eles começaram apresentar receio de se aproximar e partilhar suas vidas com ela.  Os quatros filhos e o marido passaram a levar a vida entre eles com apoio, confiança, envolvimento e afetividade para garantir a segurança uns dos outros e proteção contra as atitudes da mãe e esposa. 

 Foi quando ela percebeu que estava se comportando como uma tirana, atitude de muitos homens que ela criticava desde sua adolescência. Depois de perceber isso tudo, segundo suas palavras:  “procurou meios para ser tornar uma mulher de verdade de acordo a natureza feminina, com sabedoria, amor, compreensão, docilidade. Sem, no entanto ser submissa, arrogante, masculinizada e tirana com as pessoas que amava”.

Ao final da palestra fez um alerta às mulheres presentes que conquistaram comandos gerenciais e/ou de diretorias e também as aquelas que exercem alguma profissão - como professora, policial – e que tendem a ser autoritárias em seus lares e com as pessoas do seu dia a dia.

Analisando essa palestra, parece que tudo tem sentido e explicação.  O escritor Stephen Kanitz, autor de vários livros sobre a família, em um dos seus livros escreveu sobre a evolução da família. Os pesquisadores e estudiosos descobriram que mais ou menos há três milhões de anos existiam  um formato de “família” bem diferente do atual. Os homens e as mulheres da época tinham um tipo de genes que, por questão didática e simplificação para entendimento, o autor denominou de tipo “G”. Para os homens – tipo “G” “Garanhão” e para as mulheres – tipo “G” "Guerreira”. Os garanhões não tinham comprometimento com a prole, mesmo porque naquela época não se sabia que a relação sexual gerava os filhos. Então os filhos nascidos eram somente das mulheres  que tinham que cuidar deles sozinhas. O papel dos homens com esse tipo de genes era a conquista – caça e guerras – entre as tribos.

Mais tarde foram surgindo os homens e mulheres dos genes tipo “P”. Os homens tipo “P” eram os “Paternais” e as mulheres dos genes tipo “P”, as “Parceiras”. Esses homens tinham a consciência da relação deles com os filhos e com as mulheres. E juntos constituíam suas famílias. Cada um colaborando de acordo a sua natureza.


Na empresa em que eu trabalhava, tinha uma gerente que era admirada e respeitada por muitos homens sob o seu comando, por causa de sua determinação, capacidade, inteligência, prudência, docilidade, feminilidade e pela sua gestão harmoniosa com os demais departamentos. Gostava de conversar com ela para ouvi-la falar sobre seus pensamentos em relação aos filhos, seu esposo e sua família. Uma frase dela resume tudo: “Eurípedes, esse trabalho e todas as pessoas aqui vão passar. Aqui estou uma profissional. Mas na verdade eu sou esposa, sou mãe, sou filha e etc. E é isso que nunca vai passar na minha vida e da minha família” Acredito que ela é de gene tipo “P”.


Autora do livro O Poder da Parceria, Riane Eisler explica que percebeu existirem dois modelos que podemos utilizar em nossos relacionamentos: o de dominação e o de parceria. O modelo de dominação é o que herdamos de épocas passadas, mais autoritárias e despóticas. Este modelo aprova a competitividade, onde a violência e o medo são vistos como naturais, e onde os mais fracos ficam desabrigados. A autora mostra que o “modelo dominador” de relacionamento foi desenvolvido durante a mudança histórica das sociedades matriarcais para patriarcais, da liderança feminina para a masculina. O medo e a violência tornaram-se o lado negro aceitável do poderoso dominando o fraco.

O modelo de parceria é mais horizontal e não privilegia os homens em favor das mulheres, reconhecendo os direitos não só de ambos os gêneros como também das crianças, dos idosos, do meio ambiente, dos animais. Quando os relacionamentos são pautados pelo modelo de parceria, as pessoas mostram respeito umas pelas outras, abrem espaço para diferenças e tomam cuidado com o que necessita de atenção. Em um “modelo de parceria” mais antigo, os relacionamentos baseavam-se na confiança mútua entre pessoas, com valores iguais para o feminino e o masculino.

A dominação não é, e nunca foi normal. A ascensão liberta a espiritualidade inerente dentro de todos nós. Os relacionamentos do futuro irão se definir por mais significado, propósito e espiritualidade.

Existem, ainda, mulheres de todas as faixas etárias que não conseguem levar a frente uma conversa sobre casamento, marido e família sem ficarem irritadas, elevarem o tom da voz e ainda chegam a jurar que jamais se casariam. Penso que elas ainda têm em suas mentes uma associação do passado sobre do casamento, família e esposo com ideias de sofrimento, dominação e autoritarismo por parte do homem.  Muitas delas demonstram em suas fisionomias e atitudes sentimentos críticos e de revoltas. Não as condeno, mas as oriento a buscar sair desse estagio e seguir em frente.

Estamos entrando em um novo ciclo: O Milênio da Espiritualidade. Nesse novo ciclo muitos mitos, crenças, verdades distorcidas, dominação, imposição política, religiosa e econômica serão varridas de nossas vidas. Iremos enxergar de forma mais clara, limpa, sem os medos impostos, sem as limitações que foram criadas para a humanidade.  Os relacionamentos pessoais ficarão livres, e a energia do equilíbrio e do amor feminino se harmonizarão com a energia da sabedoria e da inteligência masculina.  A humanidade viverá a tão buscada PAZ.